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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 7 de julho de 2024

FRAQUEZA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Como é difícil o gênero humano. Seus inexplicáveis comportamentos nos deixam desolados em determinados momentos.

Fico até desajeitado para abordar o assunto, quando  tratamos de nossas admirações jornalísticas e intelectuais.

Duro constatar, quando não são o que transparecem ser.

Nos momentos em que não lidam, de forma clara e certeira, com os fatos e as opiniões, infelizmente, atendem "encomendas".

Não penetram, propositadamente, na pedra. Falam apenas sobre sua superfície.

De matuto, só tenho o jeito de andar. Ninguém é bobo para não perceber a opinião fabricada.

Ora, quem escreve se faz visível na crônica. A opinião traz aspectos de quem a produz.

De repente, quando se espera um dragão de São Jorge com fogo pelas ventas, flagra-se um gatinho manhoso e conveniente, além da conta.

Argumentam: "É a luta pela sobrevivência que vulnerabiliza".

Isso me faz lembrar um cronista amigo que, acusado de não enfrentar com coragem os espaços da temeridade, se justificou: "Não não me venalizei. Eu fui fraco".

"Comovente".

Um comentário:

  1. Eu costumo dizer que a única opinião que não é válida é aquela que não é dada. Mas, preciso mudar essa minha assertiva : "Opinião fabricada de encomenda e nada são a mesma coisa". Sua crônica tem a minha solidariedade e o meu aplauso.

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