Preciso é e por preciso ser falarei palavras de ferro suficientes para enferrujar a orgia dos tiranos; por necessário, servirei água das pocilgas para que eles bebam e se vomitem, também vomitando a lama dos dizeres vãos bem na cara de quem mente; por indispensável, terei pés para atravessar a linha acidental do lado de cá ou a de um oriente que não se orienta e que é aqui; por tudo, por todos, ajuntarei forças para clamar por justiça, por mais escondida que ela esteja e lutarei para que desapareçam os que atentam contra o lado de cá, que desapareçam os que atentam contra o lado de lá, que desapareçam os que atentam contra qualquer lado.
Que falte coragem aos homens-bomba que atam à cintura a sentença de morte de mais de cem, de uma só vez. Que sobre vergonha aos que motivam os homens-bomba, tenham eles a cor, a raça ou o credo que tiverem.
Mas, também, depois do não calar, do beber, do gritar e do andar vou cantar versos de flor para perfumar o coração da amada que me espera numa cama com lençol de cambraia tão branca quanto a paz que reclamo e que um dia há de vir acompanhada de uma sabiá também cantando, no alto de uma mangueira verdinha e cheia de frutas doces como serão os dias que sonho.
Se não para isso, para que servimos?
Prezado Xico.
ResponderExcluirPreciso é que se entenda o significado dessa sua cronica, que sonhemos com esse seu ideal para assim a humanidade ter paz. Parabens e um grande abraço.
Xico é neto de Zuza Bizerra de Brito, que era neto de José Raimundo Duarte, o conhecido José Raimundo do Sanharol, filho de Papai Raimundo.
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