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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 20 de novembro de 2023

ESSA TAL DE DEPRESSÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.


"Você é uma vergonha para a depressão". Acusação extraída de um diálogo de filme.

Ué, que mal é esse, em que precisamos estar à altura para recebê-lo em nossa alma?

Mas, sabem, há coisas que nos acontecem e não nos lembramos em que tempo.

E não adianta ir atrás do que já aconteceu e não existe mais.

Mas, vamos lá. Em única vez, fui "atacado" por uma sensação esquisita que me tirou do ar.

Me deixou sem saber se eu era gente ou fantasma. Como se tivessem mexido em minhas coisas, desordenando minhas memórias.

Uma crise dentro da gente, sem o amparo de uma justificativa. Imobilidade da alma, uma preguiça existencial.

Como se fosse um náufrago, prestes a bater as botas.

Não é normal o que está acontecendo. Ainda deu para raciocinar assim.

Hoje, fico a me perguntar: teria sido essa sensação passageira e "gasturenta", a tal da depressão?

Pode ter sido. Já pensaram? Morrer de tédio é de lascar.

Passado muito tempo dessa "sugesta", nada que uma cervejinha não pudesse curar.

Algumas angústias são mais fracas do que choque de candeeiro.

Ainda bem.

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