O tempo passou e nós nem aí.
Quando percebemos sua falta de freios, vieram me dizer que, em compensação, seu andar apressado traria tranquilidade e experiência.
Agora, quando sinto dor no edifício de carne e osso que ocupo, me chegam com uma conversa de "melhor idade".
Se eu pudesse, nascia novamente ou pediria a juventude por empréstimo.
No estágio atingido pelo tempo, lembramos quando éramos promissores.
Nos quase 76 anos, nada repercute como antigamente e a estrutura geral é complexa.
Só me ocorre dar um jeito nessa coisa de "saber sofrer" que inventaram até para o futebol.
Não é ressentimento, asseguro. É saudade de nós próprios.
Fico a me perguntar porque escrevo isso.
Será que, de interessante, é a única coisa que tenho a dizer?
Quem se importa com tais divagações
Inexoravelmente o tempo passa, não volta nunca mais. Sobremaneira aquele que colhe, somente colhe o que semeou em terreno fértil, e hoje colhe a estima e admiração de muitos.
ResponderExcluirMelhor idade uma pinoia!
ResponderExcluirAcho o papel, perco a caneta. Quando encontro a caneta, já não sei mais onde deixei o papel.
Quando consigo unir os dois cadê o "óculos".
E, quando junto os três, já não me lembro mais o que ia escrever.