Quando nascemos abrimos os olhos para o mundo, dentro de um ambiente que se nos vai tornando familiar, à proporção que os anos passam e à medida que nos vamos integrando nele. Tudo em torno de nós começa, aos poucos, a fazer parte da nossa própria vida até que, toma aspecto comum, sem que disso nos vamos dando conta.
A vida decorre placidamente, entremeada apenas por ligeiros encrespamentos, quando o próprio acervo do teatro em que nos movimentamos, desperta, e sai da sua casa quase letargia. Nossa imaginação se perde em fantasiar uma vida mais ativa, mais cheia de imprevistos que nos proporcione algo mais palpável, para satisfazer os nossos anseios. O tempo passa, os primeiros arroubos são amortecidos e aí, então, acontece o que não esperávamos. Basta que distanciemos da paisagem amiga que nos acolheu e abrigou para que comecemos a sentir nostalgia e darmos vida a aquilo que, às vezes, passava despercebido. Longe começamos a rever, na imaginação, nos mínimos detalhes, aquele todo que nos pareceu tão igual, invariável e quase insignificante. Sentimos algo se movimentar dentro de nós, uma sensação esquisita, agradável e benéfica que faz com que nos transportemos, pelo espaço ilimitado, e nos façamos presente ao tempo longínquo. Assim é que sem sabermos por que, aquelas pequenas coisas que nada significavam outrora, atuam em nosso espírito e despertam sentimentos que não supúnhamos fossem capazes de existir.
Passamos a viver com a sombra das imagens de tudo que deixamos para trás, e a dar vida e movimento ao que, ate então, estava inanimado. Vêem-se recordações do tempo de nossa infância em que, livres e despreocupados, percorríamos alegres as veredas do incógnito para atingimos uma meta até certo ponto imaginaria. Chegamos à quadra da nossa juventude quando os sonhos e as ilusões preenchiam totalmente aquela existência descuidada. Entramos então na realidade presente e vemos que todos esses pensamentos, que povoam o nosso cérebro cansado, são resultantes da saudade que nos atinge.
Começamos a nos interessar por informações que constam do nosso banco de dados, algumas delas contemporâneas, vividas e outras repassadas em conversas com pessoas que já não se encontram em nosso meio. Na ausência de registros oficiais, essas informações verbais vão surgindo, pouco a pouco, e muitas vezes bem ao gosto das conveniências e dos interesses de cada época e cada povo, tornando-se reais para as gerações futuras.
O Blog do Antonio Morais será um arquivo com informações onde poderemos encontrar algumas passagens da historia de minha terra Várzea-Alegre.
Aos meus netos Ana Thays, João Pedro, Aluísio, Flora e os que vierem depois deles.
Um arquivo genealógico com informações importantissimas da historia religiosa e politica da cidade.
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Estamos encerrando as atividades com o mesmo texto que postamos no seu inicio em 21 janeiro de 2009.
Obrigado a todos que direta ou indiretamente contribuíram com coletânea de costumes e verve de nossa gente alegre e feliz.
Paz e bem a todos.
Antonio Alves de Morais
Parabéns pela primeira postagem, meu amigo Morais! Com certeza, serei um dos grandes entusiastas desse Blog. Vamos dar uma arrumada nele e fazer publicidade, para que todos venham conhecer o Blog de Sanharol. Depois a gente tira umas fotos de lá para ilustrar.
ResponderExcluirAbraços,
Dihelson Mendonça
Amigo Dihelson.
ResponderExcluirConto com sua participação para elevar o nome da minha terra, do meu lugar bem onde ela merece.
Muito obrigado.
Seu Morais, é louvável a iniciativa do senhor no sentido de preservar a memória de seus conterrâneos através desse blog que organizou juntamente com seu amigo. Mas, quero parabenizá-lo mesmo é pela maestria com que introduziu as postagens de sua página na web: de fato, a história é feita não apenas por grandes figuras do mundo político, militar, das artes ou que promovem outras façanhas na sociedade, mas por cada ser que coexiste conosco e que de uma forma ou de outra acaba construindo o nosso lugar, a nossas manifesatações enquanto povo, enfim, até mesmo certos elementos de nossa personalidade. Assim, como diz a escritora Clarice Lispector, a vida e o tempo nos rodeiam e o que isso signiica cada pode abstrair de suas vivências, de suas memórias e dessa forma fazer e significar sua própria existência. ”Analisar instante por instante, perceber o núcleo de cada coisa feita de tempo ou de espaço. Possuir cada momento, ligar a consciência a eles, como pequenos filamentos quase imperceptíveis mas fortes. È a vida? Mesmo assim ela me escaparia. Outro modo de captá-la seria viver. Mas o sonho é mais completo que a realidade, esta me afoga na inconsciência. O que importa afinal: viver ou saber que se está vivendo?” (Perto do Coração Selvagem, p.69)
ResponderExcluirTudo maravilhoso! me apaixono cada dia mais por esse blog. Abraço
ResponderExcluirGostaria de parabenizar o seu trabalho e a sua dedicação ao longo desses anos. Certamente fará muita falta, embora pelo conteúdo de pastagens acumuladas já tenhamos informações diversas e muito importantes. Louvo - me reitero os agradecimentos pelos comentários que escrevi para esse importante blog
ResponderExcluirCaro Morais,este blog para mim foi um aprendizado a cada momento que eu li,só tenho a agradecer pelas suas postagens e histórias da nossa cidade que tanto amo e admiro,fica aqui registrado o meu respeito e admiração pela sua pessoa,muita saúde e tranquilidade na sua vida,de Valdoester & Estevaldo Leandro.
ResponderExcluirLamento o fim do blog, mas com certeza é melhor que deixar ele parado e sem atualizações, como tanto se encontra na Web. Um abraço.
ResponderExcluirAh...
ResponderExcluirQue pena meu compadre.
Lamento profundamente sua decisão, mas, certamente não foi a toque de caixa, foi pensado e calculado, demoradamente.
Seus escritos aqui registrados integrarão a história de amanhã, especialmente a de Várzea Alegre que foi primorosamente decantada em seu levantamento histórico de fatos políticos, familiares, folclóricos e festivos que marcaram época..
Deixo para você neste último comentário o meu mais sincero abraço.
Vicente Almeida