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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 27 de junho de 2009

A mãe Petrobras.

Executivos da Petrobras, nomeados por indicação política, tiveram aumento médio de 90% de 2003 a 2007, informou nesta quinta o "Correio Braziliense", dado contestado pela empresa. No período, a inflação foi de 28,16%, pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Dados da estatal enviados ao Ministério da Previdência e à Receita Federal, segundo a reportagem, dão conta de que os vencimentos (salários mais bônus) de cada diretor foram de R$ 710 mil em 2007 - R$ 60 mil mensais em média. O valor é mais do que o dobro do teto salarial do funcionalismo público: R$ 24.500. A Petrobras negou, por e-mail, que o reajuste tenha sido de 90%, e afirmou que foram 55% no período mencionado; menor do que o reajuste dos salários dos empregados (62%). “Até 2007, nosso aumento era exatamente igual ao aumento dos trabalhadores. E a partir de 2008 estão congelados (os salários dos diretores) "A Petrobras informou que não divulga a remuneração individual da diretoria-executiva, só a remuneração global, "conforme exige a legislação". Segundo a empresa, "a maior remuneração de um dirigente (diretor) foi R$ 59.465,04, com base em dezembro de 2008". Mais cedo, o presidente da empresa, José Sergio Gabrielli, negou a discrepância e alegou que os aumentos foram os mesmos dos demais funcionários: Até 2007, nosso aumento era exatamente igual ao aumento dos trabalhadores. E a partir de 2008 estão congelados (os salários dos diretores). Segundo a Petrobras, a decisão de congelar os vencimentos dos diretores deverá permanecer até a assembléia-geral ordinária de 2010. De acordo com a reportagem do "Correio", os dados fornecidos pela empresa mostram que os vencimentos do diretor de Operações e Exploração da empresa, Guilherme de Oliveira Estrella, saltaram de R$ 368.711,36 em 2003 para R$ 701.764,79 em 2007. Funcionário de carreira, responsável pelo plano de investimentos da exploração do pré-sal, Estrella também recebeu ano passado R$ 153,3 mil da Petrus, fundo de pensão dos funcionários, e 13 salário de R$ 84.648,24. Indicado pelo PT para o cargo em 2003, em 2007 ele doou R$ 25.200 ao partido. Os aumentos também beneficiaram Gabrielli e os diretores Almir Guilherme Barbassa, Paulo Roberto Costa, Maria das Graças Silva Foster, Jorge Luiz Zelada e Renato de Souza Duque. Eles receberam em 2007, segundo o "Correio", cerca de R$ 710 mil de salários e bônus.
Correio Brasiliense.

Um comentário:

  1. A Petrobras é a caixa preta, a mola compulsora da desordem. Via publicidade e patrocinios. Por essa razão tanto medo da CPI.

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