Quando Lampião entrou no grupo de Sebastião Pereira, adotou o banditismo como profissão. Viveria entre homens marginalizados, condenados pela lei. Fora desse ambiente não encontraria amigos, somente criaturas submissas pelo temor. O Sargento Optato Gueiros, viajava, em fevereiro de 1921, para Vila Bela. Descansava numa casa isolada, na caatinga, quando foi surpreendido, a meia noite, com a chegada do grupo de Sebastião. Os cabras vinham sedentos. Bebiam água e conversavam com animação. Um deles vendo Optato fardado perguntou:
Quanto ganha por mês?
Noventa e cinco mil reis.
Hum!. Muito pouco, acudiu Lampião. É melhor ser cangaceiro mesmo. Para trabalhadores rurais, que viviam na mais completa escravidão econômica, aquela vida prometia algumas compensações. Em 1926, Lampião passava, com o seu grupo, em Juazeiro do Norte. Foi entrevistado pelo Dr. Otacílio Macedo, medico e jornalista: Porque não larga essa vida, capitão, o senhor que já tem tanto dinheiro? Por que não vai embora para Goiás ou Mato grosso, deixando de vez essa existência perigosa? Doutor, o senhor estando bem numa vida, o senhor larga ela? Assim sou eu. O bandoleiro sentia-se realizado.
Quanto ganha por mês?
Noventa e cinco mil reis.
Hum!. Muito pouco, acudiu Lampião. É melhor ser cangaceiro mesmo. Para trabalhadores rurais, que viviam na mais completa escravidão econômica, aquela vida prometia algumas compensações. Em 1926, Lampião passava, com o seu grupo, em Juazeiro do Norte. Foi entrevistado pelo Dr. Otacílio Macedo, medico e jornalista: Porque não larga essa vida, capitão, o senhor que já tem tanto dinheiro? Por que não vai embora para Goiás ou Mato grosso, deixando de vez essa existência perigosa? Doutor, o senhor estando bem numa vida, o senhor larga ela? Assim sou eu. O bandoleiro sentia-se realizado.
É mior ser cangaceiro
E poeta cantador
Que sê bispo ou deputado
Ou mesmo governador.
Querendo andar no cangaço
Inté sou bom cangaceiro
Que isso de matar gente
É serviço mais maneiro
Se o cabra não tem corage
Que mude de profissão
Vá para o rabo da enxada
Aprantá fava e feijão.
Raul Fernandes.
E poeta cantador
Que sê bispo ou deputado
Ou mesmo governador.
Querendo andar no cangaço
Inté sou bom cangaceiro
Que isso de matar gente
É serviço mais maneiro
Se o cabra não tem corage
Que mude de profissão
Vá para o rabo da enxada
Aprantá fava e feijão.
Raul Fernandes.
Era brabo era marvado
ResponderExcluirVirgulino, o Lampião
Mas era pra que negá
Nas fibras do coração.