Num ano que prometia ser de seca em V. Alegre, já fazia dois meses de verão, quando numa sexta feira para amanhecer sábado deu uma chuva para animar o nosso povo. Alberto Siebra para demonstrar alegria resolveu fazer uma pegadinha. Abriu a bodega na manhã do sábado, pegou uma corda grande, amarrou nas galhas de uma castanhola que tinha na calçada e passou pela madeira do telhado descendo a ponta até o balcão. Zé de Ginu sem nada ter combinado com Alberto, vendo aquela arrumação gritou lá da sua farmácia: - Não faça isso não Alberto! As coisas vão melhorar, Já deu essa chuva hoje e ainda vai chover mais. Aquela advertência foi o que chamei de sincronismo. Alberto com aquela expressão de comerciante deprimido, ficou lá com a cabeça baixa, sem falar com ninguém. Naquela altura a calçada já estava cheia de curiosos. No Sanharol a conversa era que Alberto tinha amanhecido pendurado numa corda. No Roçado de Dentro, Chico da Formiga dizia: - Pruque Oberto quer fazer esse sirviço? O véi Zé Ogusto passou num sei quantos anos na bodega e teve seca, os ladrão robaro as coisas dele e ele nem se infoicou. Quando falaram em mandar chamar Ormicinda, Alberto aproveitou que já tinha umas 100 pessoas debaixo da castanhola, deu uma balançada na corda fazendo com que todos se molhassem. Molhou até o papel da rifa de Zé Belo e a camisa volta ao mundo de Zé Mariano.
Mundim do Vale
Mundim.
ResponderExcluirDe todos, com certeza, o Ze Belo foi o que deu o maior "cavaco" pois podia não lembrar os nomes das pessoas que já tinham assinado a rifa.
Um Abraço.
A. Morais
É verdade primo. Mas mesmo que o papel não molhasse Zé Belo tinha sua limitação. Ele não sabia ler.
ResponderExcluirQuando queria cobrar alguém ele fazia assim. Chegava para Lorival Frutuoso e dizia:- Lourival faça a listas dos fiados prumode eu cobrar, mas bote o prucima o nome de Raimundo Teixeira. Da outra vez
ele procurava Raimundo Teixeira
e pedia que Raimundo fizesse botando Primeiro o de Lourival.
Abraço. Mundim.