Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 28 de outubro de 2009

ADEUS ATÉ OUTRO DIA - Manoel Chudu

Despediam-se de tudo – Dos donos da moradia, dos assentos, do telhado da casa acolhedora etc. Chudu, sempre atento às ocorrências que viessem destacar suas estrofes, é de repente surpreendido por uma: Um rato,caindo da parte mais alta da casa, é atacado por um gato que, por ali, se encontrava. Sem perder a oportunidade, descreveu o quadro jamais percebido em ocasião alguma de sua cantoria:

Agora, caiu um rato,
Coitado dele, coitado!
Correndo muito apertado,
Na frente daquele gato;
O rato correu pro mato,
E o gato, atrás dele, ia...
Quando o rato, o gato, via,
Temendo o golpe tirano,
Dizia para o bichano:
- “ Adeus, até outro dia!”


E por falar em gato e rato, tem um mote da minha autoria que eu falo assim:

Num buraco tem um rato
Com direito adquirido,
Mas vem sendo perseguido
Pelo danado do gato.
O rato acha muito chato
Viver na perseguição,
Mas o gato faz questão
De manter sua postura.
TUDO QUE A GENTE PROCURA
TEM NAS CASAS DO SERTÃO.

Mundim do Vale

5 comentários:

  1. Muito Bem Mundim.

    Parabens pelas postagens. Hoje Voce arasou.

    ResponderExcluir
  2. Mundim

    Voltando a rima:


    TEM NAS CASAS DO SERTÃO
    TUDO QUE A GENTE PROCURA
    Pra manter sua postura
    O manhoso faz questão
    Vive na perseguição
    Do rato que acha um saco
    O gato e sua vaidade
    Lhe tirando a imunidade
    E a paz no seu buraco.

    Vicente Almeida

    ResponderExcluir
  3. Mundim,

    O gato pegou o rato
    Sem muita disposição
    Já tava de bucho cheio
    de "lagatixa" e feijão

    O rato pulou de banda
    deu duas ou três "rodada"
    se livrou das mãos do gato
    deu mais de vinte topada

    o gato estrebuchando
    sem saber o que fazer
    deu dois pinotes pra cima
    do rato e pôs-se a correr

    O rato muito sabido
    pr'acabar a confusão
    caiu teso na esteira
    com quatro velas na mão

    assim se fingiu de morto
    e o gato pôs-se a chorar
    e a prosa desses dois
    tá na hora de acabar.

    Abraço a Mundim e Morais

    ResponderExcluir
  4. Vicente e Claude Bloc.

    Quando observo vocês,
    Com seus versos a rimar.
    Dá uma inveja danada,
    Porque não sei versejar.

    Não sei mesmo! É um fato,
    Eu não sei nem um pouquinho,
    Agradeço ao Mundinho,
    A briga do gato e rato.


    Obrigado Vicente, obrigado Claude pela visite e parabens pelo Cariricaturas estou sempre passando por lá.
    Abraços.

    ResponderExcluir
  5. Que bom! Agora são quatro poetas no Sanharol! As rimas são boas!
    Parabéns aos quatro.

    ResponderExcluir