Um arrancador de dentes
Que não cobra a extração
Mas entrega ao paciente
Um santinho de eleição
Faz ali uma costura
Depois trás a dentadura
É a cara do sertão.
Um soltado de policia
Discutindo com ladrão
As pastorinhas cantando
Na hora da comunhão
O padre bem caladinho
Danado tomando vinho
É a cara do sertão.
Aluno na palmatória
Porque não deu a lição
Um parque tocando xote
De Luiz rei do baião
E a moçada na varanda
Esperando pela banda
É a cara do sertão.
Por Mundim do Vale
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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Mundim.
ResponderExcluirEsse péde mandacaru seco, isturricado, soltando essa flor que conhecemos por boneca tambem é a cara do sertão. Chegamos ao fim do poema é a cara do sertão. Parabens.
Abraços.
A.Morais
Mundim do vale rimando é a cara do Sertão. Saudades de vocês meus conterrâneos queridos. Fátima
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