Uma mulher bonita, cujo marido, alcoólatra impernitente, maltratava-a, espezinhava-a e, o pior, negava-lhe o amor.
Ela chorando, confessou tudo isto ao poeta, e ele logo depois entregou-lhe pessoalmente esses versos:
Oh! Tu, mulher bonita, como és
Infeliz, a sofrer, no casamento!
Vem esquecer o mal desse tormento
Que este amor que quer beijar-te os pés!
Há de ficar por terminado, assim,
O motivo cruel da tua dor
E jamais saberá do nosso amor
Essa sociedade falsa e ruim!
Amor sofrido, que não tenhas medo!
Nenhum de nós revele o nosso drama!
Só o mudo lençol da nossa cama
Vai saber e guardar nosso segredo.
Daí, então, quanta felicidade!
Quanta alegria tu iras ter na vida!
E, eu, que te direi, minha querida?
Sou o homem mais feliz da humanidade!
Postado por A. Morais
Belo Poema do Dr.Mozart Alencar.
ResponderExcluirÉ...
ResponderExcluirEla responderia mais ou menos assim:
Poeta:
Ah se eu pudesse consagrar-te amor
Assim faria sem temer revanche
Mas não desejo que minh’alma manche
O leito onde choro minha grande dor.
Vicente Almeida
Também gostei dos versos do Dr. Mozart.
ResponderExcluirOs versos do poeta Vicente Almeida, além de pertinentes mostra sua veia poética que decanta e encanta.
Por falar em poesia logo mais postarei uma de um querido tio afim.
È Vicente Parabens. O seu verso está muito coerente com o carater, da mulher: séria, honrada e sofrida da historia do Mozart. Digo sempre que não há quem possa com o poeta. Cada vez mais nos surpreende.
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