Senhor, fazei com que eu aceite
minha pobreza tal como sempre foi.
Que não sinta o que não tenho,
não lamente o que podia ter
e se perdeu por caminhos errados
e nunca mais voltou.
Dai Senhor, que minha humildade
seja como a chuva desejada,
caindo mansa,
longa noite escura,
numa terra sedenta
e num telhado velho.
Que eu possa agradecer a Vós
minha cama estreita,
minhas coisinhas pobres,
minha casa de chão,
pedras e tabuas remontadas
e ter sempre um feixe de lenha
debaixo do meu fogão de taipa
e acender, eu mesma,
o fogo alegre da minha casa,
na manha de um novo dia que começa.
Cora Coralina
Que todos tenham um bom domingo, em paz, com harmonia e com a presença e benção de Jesus Cristo.
ResponderExcluirCaro Morais:
ResponderExcluirA simpliciade da poesia de Cora Coralina é tocante...