NOEL ROSA
Parte I
“O amor vem por princípio, a ordem por base
O progresso é que deve vir por fim
Desprezastes esta lei de Augusto Comte
E fostes ser feliz longe de mim”.Positivismo, Noel Rosa, 1933.
Muito já se falou e se fala como igualmente se cantou e se canta Noel Rosa.
A atualidade de sua música se deve, a meu ver, pela expressividade das letras e seu perfeito encaixamento melódico, formando um todo bem arrumado, seja nas músicas de gozação, nas paródias ou nas de puro lirismo e seriedade. Tudo muito bem ao gosto do povo e aos ouvidos mais requintados.
Diz-se que a permanência por gerações ad eternum das músicas dos Beatles se deve ao estilo pop, letras simples e harmonia de fácil execução, embora prazerosa a todos os gostos. Em Noel é tudo isto e, por ser coisas nossas, o estilo é samba, ritmo culturalmente assimilado pelo povo.
Noel Rosa viveu pouco, mas viveu intensamente o universo musical de seu tempo. Suas raízes musicais vieram do Nordeste, com João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense e demais músicos chegados à Capital Federal, nos começos da década de 1920.
Suas primeiras composições estão de acordo com essa premissa, e vamos encontrar o poeta da Vila criando emboladas, cateretês e outros ritmos sertanejos, tão em voga naqueles tempos de uma cidade com profundas feições rurais.
O samba havia assumido o status de música urbana, como resultado de uma mistura de ritmos que vinha se processando deste os fins do século 19, havia pouco tempo, e a área cultural de seu domínio ficava longe, mais para o centro da cidade.
Paulatinamente Noel vai palmilhando o caminho do samba e, para tanto, muito contribuiu o Bando de Tangarás, grupo do qual fez parte, formado por músicos de outros lugares do Rio, como Almirante (Henrique Foreis Domingues), Carlos Braga (Braguinha), Henrique Brito (inventor do violão elétrico), e outros.
A partir de 1908, até a década de 1930, vários grupos musicais vão alicerçar a MPB, agregando-a valores de todas as tendências, resultando num complexo cultural de corpo e alma bem brasileiros. Um dos mais antigos era os Oito Batutas, à frente o grande Pixinguinha e seu irmão; Os Turunas Pernambucanos (comandados por Jararaca e Ratinho); os Turunas da Mauricéia (a frente Augusto Calheiros), entre outros. Os grupos iram se refazendo e muitos músicos passaram por vários deles como Donga, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, Caninha...
Em apenas 10 anos de total dedicação à música, à bebida, à boêmia e à falta de cuidados com sua saúde debilitada desde a infância, Noel constrói uma obra exemplar na História da Música Popular Brasileira.
Em Compositores do Brasil desta quinta, 28, no primeiro programa de uma série de três, vamos falar e ouvir Noel Rosa. No primeiro e no segundo apresentaremos suas canções e os motivos de sua inspiração; no terceiro, as músicas que ele fez para seus amores correspondidos ou não, os que lhe trouxeram alegria e sofrimento.
Abriremos a primeira sequencia com:
Minha viola – de Noel Rosa, com o Bando de Tangarás.
Nega, de Noel e João de Barro (Braguinha), com o Bando de Tangarás
Lataria – de Noel, Almirante, com o Bando de Tangarás
Com Que Roupa , de Noel Rosa, com Doris Monteiro
Malandro medroso, de Noel Rosa, com Roberto Paiava
Eu vou pra Vila, de Noel Rosa com Roberto Paiva
Gago Apaixonado - João Nogueira, de Noel Rosa
Cordiais saudações, de Noel Rosa, com Noel Rosa e o Bando de Tangarás
Até amanhã, de Noel Rosa, com Almirante
Vitória, de Noel Rosa, com Roberto Paiva
Cem mil Réis, de Noel Rosa e Vadico, Chico Buarque e Luiza Buarque
Qual foi o mal que eu te fiz, de Noel Rosa e Cartola, com Chico Alves
Positivismo, de Noel Rosa, com Noel Rosa
Filosofia, de Noel Rosa, com Chico Buarque
Quem ouvir, verá!
Programa Compositores do Brasil
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Todas as quintas-feiras, às 14 horas
Rádio Educadora do Cariri
Apoio. CCBN
Parte I
“O amor vem por princípio, a ordem por base
O progresso é que deve vir por fim
Desprezastes esta lei de Augusto Comte
E fostes ser feliz longe de mim”.Positivismo, Noel Rosa, 1933.
Muito já se falou e se fala como igualmente se cantou e se canta Noel Rosa.
A atualidade de sua música se deve, a meu ver, pela expressividade das letras e seu perfeito encaixamento melódico, formando um todo bem arrumado, seja nas músicas de gozação, nas paródias ou nas de puro lirismo e seriedade. Tudo muito bem ao gosto do povo e aos ouvidos mais requintados.
Diz-se que a permanência por gerações ad eternum das músicas dos Beatles se deve ao estilo pop, letras simples e harmonia de fácil execução, embora prazerosa a todos os gostos. Em Noel é tudo isto e, por ser coisas nossas, o estilo é samba, ritmo culturalmente assimilado pelo povo.
Noel Rosa viveu pouco, mas viveu intensamente o universo musical de seu tempo. Suas raízes musicais vieram do Nordeste, com João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense e demais músicos chegados à Capital Federal, nos começos da década de 1920.
Suas primeiras composições estão de acordo com essa premissa, e vamos encontrar o poeta da Vila criando emboladas, cateretês e outros ritmos sertanejos, tão em voga naqueles tempos de uma cidade com profundas feições rurais.
O samba havia assumido o status de música urbana, como resultado de uma mistura de ritmos que vinha se processando deste os fins do século 19, havia pouco tempo, e a área cultural de seu domínio ficava longe, mais para o centro da cidade.
Paulatinamente Noel vai palmilhando o caminho do samba e, para tanto, muito contribuiu o Bando de Tangarás, grupo do qual fez parte, formado por músicos de outros lugares do Rio, como Almirante (Henrique Foreis Domingues), Carlos Braga (Braguinha), Henrique Brito (inventor do violão elétrico), e outros.
A partir de 1908, até a década de 1930, vários grupos musicais vão alicerçar a MPB, agregando-a valores de todas as tendências, resultando num complexo cultural de corpo e alma bem brasileiros. Um dos mais antigos era os Oito Batutas, à frente o grande Pixinguinha e seu irmão; Os Turunas Pernambucanos (comandados por Jararaca e Ratinho); os Turunas da Mauricéia (a frente Augusto Calheiros), entre outros. Os grupos iram se refazendo e muitos músicos passaram por vários deles como Donga, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, Caninha...
Em apenas 10 anos de total dedicação à música, à bebida, à boêmia e à falta de cuidados com sua saúde debilitada desde a infância, Noel constrói uma obra exemplar na História da Música Popular Brasileira.
Em Compositores do Brasil desta quinta, 28, no primeiro programa de uma série de três, vamos falar e ouvir Noel Rosa. No primeiro e no segundo apresentaremos suas canções e os motivos de sua inspiração; no terceiro, as músicas que ele fez para seus amores correspondidos ou não, os que lhe trouxeram alegria e sofrimento.
Abriremos a primeira sequencia com:
Minha viola – de Noel Rosa, com o Bando de Tangarás.
Nega, de Noel e João de Barro (Braguinha), com o Bando de Tangarás
Lataria – de Noel, Almirante, com o Bando de Tangarás
Com Que Roupa , de Noel Rosa, com Doris Monteiro
Malandro medroso, de Noel Rosa, com Roberto Paiava
Eu vou pra Vila, de Noel Rosa com Roberto Paiva
Gago Apaixonado - João Nogueira, de Noel Rosa
Cordiais saudações, de Noel Rosa, com Noel Rosa e o Bando de Tangarás
Até amanhã, de Noel Rosa, com Almirante
Vitória, de Noel Rosa, com Roberto Paiva
Cem mil Réis, de Noel Rosa e Vadico, Chico Buarque e Luiza Buarque
Qual foi o mal que eu te fiz, de Noel Rosa e Cartola, com Chico Alves
Positivismo, de Noel Rosa, com Noel Rosa
Filosofia, de Noel Rosa, com Chico Buarque
Quem ouvir, verá!
Programa Compositores do Brasil
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Todas as quintas-feiras, às 14 horas
Rádio Educadora do Cariri
Apoio. CCBN
Zé Nilton, por favor, quando você postar, coloque em destaque o link da Radio Educadora, ok?
ResponderExcluirObrigada
Querida Glória
ResponderExcluirDesconheço o "linK" da Rádio Educadora. Qual é ?
zn
Prof. Zenilton.
ResponderExcluirObrigado pela postagem do Grande Noel. Tentei agregar ao seu belo texto a musica "Ultimo Desejo" mas o video não foi aceito. A internet rejeitou.
Parabens
Magnífico Futuro Reitor,
ResponderExcluirCreio quem poderá nos passar essa informação: Sr. Dihelson Mendonça, Prof. Carlos Rafael e/ou Prof. Armando Rafael.
É possível que a transmissão do Programa Compositores do Brasil seja através da Rádio Chapada do Araripe, aqui mesmo lincada nos Blogs Cariri.
Grande abraço!
Glória
Prof. Zé Nilton
ResponderExcluirO link que me foi passado é este abaixo. Mas vale testá-lo antes da indicação. Sei que algum tempo atrás estava difícil o acesso. Com certeza o mestre Dihelson saberá informar a indicação para os interessados no neste bom programa.
http://www.instrumentalbrasil.com/portaldocrato/vicelmo.htm
Repetindo:
ResponderExcluirwww.instrumentalbrasil.com/portaldocrato/vicelmo.htm
Obrigadão, querida Glória.
ResponderExcluirQuanto a reitor, amiga, tô fora !
É isso aí, Glória:
ResponderExcluirZénilton teriam sido um excelente reitor, pois ele é muito prático e muito objetivo em tudo que faz.
A comunidade acadêmica preferiu outro. Deu no que deu...
Hoje só quem está ao lado do atual reitor é sua equipe, coincidentemente os que estão usufruindo das benesses do poder.
Uma ressalva: os poucos que ainda restam, pois muitos - de tão decepcionados - deram um bye bye...
Este é o Armando que eu conheço !
ResponderExcluirArmando...