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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

SERÁ O BENEDITO - Por Mundim do Vale

Lendo o causo do Dr. José Flávio, eu me lembrei de Zé de Dudau. Ele contava que nasceu em Várzea Alegre, mas quando tinha 15 anos, foi convidado pelo Sr. Vicente Vieira, para fazer uma viagem com ele até a cidade de Matorzinho,
Onde ele queria fazer uma visita ao seu amigo padre Quirino e para tanto precisava de uma pessoa para tomar conta dos animais.
Quando chegou o dia do retorno o seu Vicente perguntou se Zé não queria ficar trabalhando na sacristia da igreja do seu amigo Quirino. Zé ficou por lá um ano, mas disse que o vigário tinha mudado, tava ficando muito malino e acanaiado Pediu as contas o padre concordou e ainda fez uma carta de recomendação para um colega que era o padre Benedito da paróquia da Lardânia.
O padre Bené acolheu Zé para trabalhar como sacristão e porteiro da igreja.
Zé achava esquisito o padre ser tão escurinho e ser tão namoradorzinho, mas não era da sua conta e assim foi ficando. De repente chegou na cidade uma moça de nome Rosa, vinda de Salvador. A moça muito prendada começou a cantar na igreja e lavar as toalhas e batinas do padre Bené.
Com a presença de Rosa Baiana todo os dias na igreja, Zé começou a sentir uma simpatia por Rosa. Ela por sua vez não alimentava mas também não descartava.
Uma noite terminou a novena, o padre saiu e em seguida saiu rosa dando tchau para Zé, com a maior das simpatias. Zé fechou a igreja e saiu para sua casa que ficava num sítio perto. Quando passava próximo ao curral do velho Januário, notou uns risos e uns gemidos e foi olhar o que era. Chegando mais perto avistou um homem sentado num toco com as calças nos pés e Rosa com a cabeça no colo daquele que Zé ainda não sabia quem era.
Quando zé viu a coisa mais de perto gritou:
- O que é isso. Minha Rosinha?
- Eu tou me confessando Zé!
Zé reconhecendo o padre Bené falou:
- Mas será o Benedito?
Mundim do Vale

6 comentários:

  1. Raimundim, essa cidade Lardânia, era a cidade de Jubaia ou uma vizinha nossa??? kkkkkkkkkkkkk

    Beijos.

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  2. Klébia,
    A Lardânia era aquela cidade bem distante que Valeriano falava, foi lá que Toca e Toquinha do Vale gravaram o seu primeiro disco.

    Estou mandando Via imail o cordel completo de mestra Pedro Souza.
    Abraço.
    raimundinho.

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  3. Raimundim, terminei de ler o cordel de Pedro Souza.... Lindo, emocionante e verdadeiro..
    Parabéns!!!!

    Sei dessa cidade.... Lá todo mundo é feliz; dizia Jubaia. E o ônibus prá chegar lá, gastava mil pneus....kkkk Talvez seja por isso que a dupla escolheu gravar lá o primeiro disco.... kkkkkkkkk
    Numa cidade vizinha a nossa, tem um padre que chama-se Benedito e é "moreno", por isso, achei....

    Abraços.

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  4. Quis dizer: terminei de ler o cordel de Pedro Souza, chorando....
    Mesmo muito lindo!!!

    Abraços

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  5. Prezado Primo Mundim.

    Quem conhece a historia, depois dos lugares e personagens citados por voce, descobre-se que esta historia é verdadeira, que não foi nem na Lardanha, nem em Matozinho.
    Foi noutro lugar bem nosso.hahahaha

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  6. Mundim, o padre Vieira, certa vez, estava na paróquia de Icó, quando notou algo suspeito na sacristia.

    Observou um seminarista, que lhe ajudara na missa, tentando segurar a batina com o queixo junto ao tórax, a fim de consumar aquele ato libidinoso.

    Não conseguia. A batina era feita de um tecido muito escorregadio.

    O padre, impaciente, diante daquela dificuldade, e quase sem querer, rociferou:

    - Segura no dente, Padreco!

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