Meu pai responda porque
Gosta tanto de mandar?
Pois eu só vejo você
Reprimir e ordenar.
Não posso andar sem sapato,
Não posso criar um gato
Nem pisar na terra quente.
Você vive dando grito,
Porque chupo pirulito
E depois não limpo o dente.
Quando subo na escada
Você inventa uma briga,
Se olho mulher pelada
Você também me castiga.
Me diga com segurança,
No seu tempo de criança
Nunca viu mulher despida?
Se viu eu sei que gostou,
E garanto que achou
Mais bonita que vestida.
Toda vez você reclama
Quando discuto na rua,
Como se fosse um drama
Para essa moral sua.
Pois já vi você gritando
E a minha mãe chorando
Por causa de discursão.
Sou um filho obediente,
Mas já me acho descrente
Com tanta contradição.
Quando demoro a chegar
Já espero a agonia,
Mas você sai pra jogar
E só vem no outro dia.
Eu peço uma coca-cola,
Um peão ou uma bola
Mas fico só na saudade.
Já você é diferente,
Compra vinho e aguardente
Na hora que tem vontade.
Ás vezes me faz dormir
Outras me faz acordar,
Uma vez faz dividir
E outra multiplicar.
Age como repressor,
Mas eu sei que o senhor
Faz isso para o meu bem.
Mas para assim proceder,
O senhor tem que aprender
Algumas coisas também.
Eu também quero pedir
Para o senhor não beber,
Não querendo reprimir
A sua forma de ser,
Mas porque não acho graça,
O senhor beber cachaça
E depois se embriagar.
Toda droga é um horror,
Vou pedir para o senhor
Também deixar de fumar.
Mundim do vale.
Mundim.
ResponderExcluirMuito bom o poema da advertencia infantil. O pai pode até não está totalmente certo, mas não manda fazer o que é errado. E quando os conselhos são bem rimados, fica muito bom.
Abraços.
Mundin do Vale,
ResponderExcluirBonito poema, porém os meus sensores indicam que você continua na mão de "Comadre Flosinha", ou seja, do Tabagismo. O fumo distrái e destrói.
Zé Tabaco é apelidado
De Zé Cachimbo e Fumaça
De Charuto e de Cigarro,
Rapé guardado em couraça,
De Torrado e Masca Fumo,
Velha da foice e desgraça.
Trecho do cordel "A Peleja de Zé Tabaco e Lampião", ainda no prelo.
Um Abraço
Poeta Sávio Pinheiro
ResponderExcluirEu ando mesmo sem prumo,
Mas tenho plena certeza
Que ainda pego meu rumo,
Mas uma pergunta eu faço
Você fuma como eu fumo?
Prezado Mundim do Vale
ResponderExcluirVoce quer um prumo exato?
Largue tudo por aí
E venha embora pru Crato!
Pois o nosso cariri,
De tudo ele é capaz,
Venha pra cá, pode vir,
Faça como fez Morais.
Desde de criança gostei muito de poesias, as vezes lia algumas mesmo sem entender direito o que queria dizer o poeta, porem gostava de ler e agora que virei fã do blog do sanharol virei fã de Mundi do Vale tbem, muito legal os poemas........
ResponderExcluirObigado, Renata. É verdade o que você diz.
ResponderExcluirO poeta sempre expressa fundamento
nos seus versos. Para ter mais certeza disto, leia Dr. sávio Pinheiro.
Um abraço para você e Renato.
Mundim da Várzea.