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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 4 de abril de 2010

Um grande abraço, amigo Morais ! - Damião de Sousa


Essa com certeza, seria a mensagem do meu Pai, Damião de Sousa para o Morais nesta data. E ele deve estar vendo tudo o que nós estamos a escrever por aqui e aprovando, porque não é por ser meu Pai, mas nunca conheci alma tão incrível, generosa, um homem de bem, que Deus fez muito poucos para este mundo, a quem não sou digno sequer de tocar as sandálias. Partiu deste mundo aos 52 anos de idade, um garoto ainda, e cada dia, seu legado para nossa família se agiganta, como uma referência de honestidade, de Luta e de Bondade. Devo tudo que sou a ele, do velho Quixará ( Farias Brito ), pois estará comigo VIVO, para sempre.

E já que somos almas gêmeas, queremos desejar juntos, ao Morais e Família, uma excelente Páscoa, extensiva a todos do Blog do Sanharol, e cantar conosco um grande sucesso, que é uma de suas canções prediletas: Naquela Mesa, do Sérgio Bittencourt:

Naquela mesa
(Sergio Bitencourt)

Naquela mesa ele sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ele contava estórias
E hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ele juntava a gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que seu filho, eu fiquei seu fã
Eu não sabia que doia tanto
Uma mesa no canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala no seu bandolim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim
Eu não sabia que doia tanto
Uma mesa no canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse quanto dói a vida
Essa dor tão doída não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala no seu bandolim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim
Naquela mesa tá faltando ele
E a saudade dele tá doendo em mim

Abraços Fraternos,

Damião Pereira de Sousa
Dihelson Mendonça Sousa

4 comentários:

  1. Moraes
    Nós que tivemos a sorte de conhecer Damião, sabemos a preciosidade que foi esse diamante, de virtudes e caráter inigualável.
    Apesar de todas as molecagens que eu praticava, tive de Damião durante a convivência, um olhar de respeito e amizade, e sua viagem além de nos deixar surpresos, nos colocou um vácuo imenso em nossas vidas.
    Nos deixou Dihelson, afinal de contas ninguém é perfeito.ha ha ha ha....
    Brincadeira de Semana Santa, Dihelson. Afinal de contas ainda é Páscoa, e o Coelhinho como todo mundo sabe, é chegado a uma sacanagemzinha.
    Uma feliz semana prá família.

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  2. "MEU DIARIO".

    A singeleza com que trato esse assunto tem um toque de carinho sincero, puro e de saudade. Não sei precisar o dia, mês ou ano, foi num final de tarde de uma Sexta-Feira na década de 1980. Sair do Banco Industrial e Comercial S.A e fui a Construtora Leimo Empreendimentos apanhar as assinaturas de seus diretores num contrato firmado entre as partes. Não os encontrei e fiquei a aguardar sentado num banco fora do escritório.

    Uma porta se abriu, e fui convidado a entrar na sala. Vi-me diante de um homem sereno e talentoso debruçado a examinar uma planilha de custos. Num átimo, deixamos de ser gerente de banco e de empresa e metamorfoseamo-nos em homens, pais de família e passamos a comentar sobre educação de filhos e outros atropelos da vida.

    Já tínhamos uma amizade recíproca e verdadeira, e daquele dia em diante, depois daquela nossa conversa, passei a admirá-lo mais e entendi que também cresci no seu conceito.

    O destino conduz aquele que consente e arrasta o que lhe resiste, e, numa dessas voltas que o mundo dá é que fui deixar o Crato amado e fixei residência no norte do Pais por um bom tempo.

    Perdemos os nossos contatos. Dizem que quem quiser perder os amigos se afaste deles. De volta, já no meu ninho, fiz uma viagem a Várzea-Alegre para visitar parentes e rever amigos. No carro que viajava, logo na primeira poltrona, estava uma Senhora cuja fisionomia e traços físicos não me eram estranho, apesar de não me ter reconhecido. Quando chegamos em Farias Brito, bem na pracinha, Ela desembarcou e apanhou sua bagagem. Perguntei para um amigo: Quem é essa Senhora? E para meu espanto e tristeza ele respondeu: é a viúva de Damião de Souza. Foi assim que recebi a noticia do falecimento do meu amigo e camarada.

    Como quem colhe somente colhe aquilo que plantou, hoje, eu estou a colher os frutos da semente semeada naquela recuada década de 1980.

    Damião! Saiba nesta sua morada celeste onde repousas, que foi muito importante ter sido seu amigo e agradeço por Dihelson, essa criação especial de Deus da qual você e Haidèe são sócios.

    Agradeço a Deus por tê-lo como amigo.

    Saudades.
    Antonio Alves de Morais

    Texto postado no Blog de Varzea-Alegre em 27.08.2008.

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  3. Dihelson, bela e justa homenagem ao amigo Morais.

    Morais, lindo texto que você escreveu em homenagem ao seu amigo Damião de Sousa, parabéns!

    Feliz Páscoa a todos os leitores e colaboradores do Blog do Sanharol.

    Abraço fraterno

    Glória

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  4. Obrigado, meus amigos!

    O Damião de Sousa certamente que está contente, com tanta demonstração de carinho, de amizade, vinda dos seus amigos. Aliás, eu nao sabia que o Elmano o havia conhecido e havia se tornado amigo dele. Que bom saber disso! Papai era muito conversador. Possuía um talento especial para fazer amizades.

    Costumava dizer que era "arrimo de família", pois desde os 12 anos de idade, trabalhava duro para sustentar a família paterna, tendo perdido a mãe logo cedo, e o Pai era um homem muito rude, daqueles que achavam que Escola era coisa pra gente rica...

    Mas ele foi para São Paulo, trabalhou, venceu. Estudou por conta própria e aonde trabalhava, subia logo de posto. Era daqueles dedicados às causas, que uma vez começadas, nao havia hora para almoçar nem jantar.

    Nos últimos anos, tornou-se um fervoroso leitor da Bíblia, embora não gostasse nem concordasse com o que se faz nas igrejas, que dizia ser um local aonde se faz tudo ao contrário do que Deus deixou. Então, ele lia sozinho, e conversávamos sobre certos pontos.

    Pois é, Elmano, ele foi e me deixou por aqui. Talvez não haja nenhuma qualidade em que eu possa ser melhor do que o velho Damião, mas eu tenho a impressão que eu toco violão um "kadinho" melhor que ele...rs rs rs. Ele iria sorrir com isso...

    Abraços a Todos,

    Muito Obrigado. FELIZ PÁSCOA.

    Dihelson Mendonça

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