Posto Regente fundado por Mário Oliveira e depois transformado em Posto Crato, em sociedade com o Audisio Brizeno, resiste até nossos dias, instalado na gloriosa Praça Siqueira Campos – Crato. O Audisio era compositor e tinha uma bronca com o Rei do Baião Luiz Gonzaga porque o entregou uma musica pronta para ser gravada e a letra foi modificada para agradar um fazendeiro rico de São Paulo alem do Luiz aparecer como co-autor. Estes fatos tornaram o Audisio mais raivoso do que a falta do recebimento de qualquer direito autoral. A musica dizia assim:
Meia noite o pinto pinica o galo
O galo pinica o pinto
O pinto quiriquiqui.
Meia noite, é o berrado do bode
É o roncado do porco
Que ninguém pode dormir.
Deixando de fora a bronca do Audisio, que foi um grande amigo meu, peço permissão para contar uma historinha dos tempos do Crato antigo. A vida social da cidade era bem mais movimentada. Toda sexta-feira havia baile na AABB e aos sábados no Crato Ténis Clube, alem da grande vesperal de Domingo. Na época eram poucos os automóveis, poucas famílias dispunham desse privilegio e era costume utilizar-se dos serviços do taxista. O Audisio tinha um timbre de voz bastante assemelhado a voz feminina e era costume receber trotes de pessoas imitando sua voz nos dias em que estava de plantão no posto. Um belo dia, terminada a festa da AABB, já por volta das três horas da manha, uma senhora apanhou o telefone do Bar com o Aristides e ligou para o Posto Crato e o Audisio atendeu. Veja o dialogo que ocorreu entre os dois: Audisio: alô! A mulher responde: quem está falando? Com voz idêntica ao Audisio. O Audisio fulo da vida responde furioso: porque você não vai imitar a puta que pariu? Desligando o telefone na cara da senhora. A mulher ficou tonta com tamanha reação. Algumas vezes estive nestas festas e para relembrar o Peixoto, cantor do conjunto do Hildegardo, nada melhor do que ouvir o Moacir Franco.
Por A. Morais
A memoria do Audizio. Grandes saudades, grandes lembranças de um Crato que marcou a todos.
ResponderExcluirMorais,
ResponderExcluirO nosso rei do baião fazia cada uma, hein ?
Mas,o perdoamos sempre. Afinal, naqueles tempos as comunicações, quando tinham, eram precárias e difíceis.
Imagina, por aqui, na nossa cara, tem colegas que alteram o ritmo de sua música e põe nela sua parceria, que dirá...