Lição de cidadania: Paulo Leonardo repôs a antiga denominação da rua de Crato.
Que sua atitude sirva de exemplo. (foto de Heládio Teles Duarte)
Que sua atitude sirva de exemplo. (foto de Heládio Teles Duarte)
Eis aí uma prova que atesta o triste costume de mudança dos nomes das ruas de Crato. Desde 1989 uma rua de Crato era denominada oficialmente de Francisco Osório Ribeiro da Silva. Ali existia uma única placa – assinalando a denominação – a qual, ao longo de vinte anos, foi se desgastando até que ficou ilegível. Foi o necessário para um vereador cratense – que passou pela rua e não viu nenhuma placa – apresentar projeto denominando a artéria urbana (já com nome oficial) em homenagem a outra pessoa. Projeto aprovado, (não existem aqui critérios como em outras cidades que levam a sério o assunto) apressou-se o nobre vereador em mandar confeccionar, ele mesmo, uma placa e colocou-a lá, com a "nova denominação".
Um irmão do primeiro homenageado, Francisco Osório – o ex-bancário Paulo Leonardo (ver foto acima) – viu a anomalia. Foi aos arquivos da Câmara Municipal e localizou a lei de 1989. Mandou confeccionar nova placa desta feita citando a lei e a data da promulgação do projeto que denominou a rua de Francisco Osório Ribeiro da Silva. Eis aí uma lição de cidadania!
Decisão acertadíssima.
É o que deveria ser feita com a Rua Imperatriz Leopoldina, artéria urbana que tem inicio ao lado direito da Avenida Padre Cícero – sentido Crato-Juazeiro – e dá acesso ao Parque Getúlio Vargas - Morro da Coruja, em toda a sua extensão, cuja denominação advém Lei nº. 1.774 de 10 de junho de 1998, aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo então prefeito Raimundo Bezerra. Pois não é que, recentemente, essa rua recebeu o nome de Rua Orestes Costa? E o pior: sem que a lei anterior tenha sido revogada. . Interessante que o Sr. Orestes Costa é nome de 3 (TRÊS) ruas em Crato. Um recorde mundial!
Essas mudanças de nomes das nossas ruas sempre atenderam a interesses menores dos vereadores e foram feitas sem ouvir a população.
Recentemente, a Câmara de Vereadores de Independência – município localizado no Sertão dos Inhamuns do Ceará – aprovou um projeto de lei, dispondo sobre a identificação de ruas, praças, monumentos, obras e edificações públicas daquela cidade. Esse projeto de lei exige – para qualquer mudança na denominação de ruas e praças – um pedido antecipado, contendo lista com assinaturas de pelo menos cinco por cento do eleitorado.
Idêntica providência deveria ser adotada pelos vereadores de Crato.
Texto: Armando Lopes Rafael
Foto: Heládio Teles Duarte
Um irmão do primeiro homenageado, Francisco Osório – o ex-bancário Paulo Leonardo (ver foto acima) – viu a anomalia. Foi aos arquivos da Câmara Municipal e localizou a lei de 1989. Mandou confeccionar nova placa desta feita citando a lei e a data da promulgação do projeto que denominou a rua de Francisco Osório Ribeiro da Silva. Eis aí uma lição de cidadania!
Decisão acertadíssima.
É o que deveria ser feita com a Rua Imperatriz Leopoldina, artéria urbana que tem inicio ao lado direito da Avenida Padre Cícero – sentido Crato-Juazeiro – e dá acesso ao Parque Getúlio Vargas - Morro da Coruja, em toda a sua extensão, cuja denominação advém Lei nº. 1.774 de 10 de junho de 1998, aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo então prefeito Raimundo Bezerra. Pois não é que, recentemente, essa rua recebeu o nome de Rua Orestes Costa? E o pior: sem que a lei anterior tenha sido revogada. . Interessante que o Sr. Orestes Costa é nome de 3 (TRÊS) ruas em Crato. Um recorde mundial!
Essas mudanças de nomes das nossas ruas sempre atenderam a interesses menores dos vereadores e foram feitas sem ouvir a população.
Recentemente, a Câmara de Vereadores de Independência – município localizado no Sertão dos Inhamuns do Ceará – aprovou um projeto de lei, dispondo sobre a identificação de ruas, praças, monumentos, obras e edificações públicas daquela cidade. Esse projeto de lei exige – para qualquer mudança na denominação de ruas e praças – um pedido antecipado, contendo lista com assinaturas de pelo menos cinco por cento do eleitorado.
Idêntica providência deveria ser adotada pelos vereadores de Crato.
Texto: Armando Lopes Rafael
Foto: Heládio Teles Duarte
Há mais de um ano postei a seguinte matéria:
ResponderExcluir"Mudar os nomes das ruas de Crato.
Vem de há muito esse lastimável costume dos vereadores cratenses. As ruas do centro, possuidoras de tradicionais e pitorescas denominações, tiveram seus nomes trocados por personagens desconhecidos da população cratense. O leitor sabe quem foi Senador Pompeu, Almirante Alexandrino, José Carvalho, Teófilo Siqueira, Coronel Secundo? Pois esses nomes substituíram denominações como: Rua de Santo Amaro, das Laranjeiras, do Pisa, da Glória, Formosa, Grande, do Fogo, da Vala, da Boa Vista...
Vejamos um caso recente. Em 1998, intelectuais, professores e monarquistas caririenses procuraram os vereadores Ailton Esmeraldo e Edna Almino e solicitaram um projeto dando o nome de Imperatriz Leopoldina a uma nova rua de Crato. Foram de pronto atendidos. Colocada a matéria em votação, uma surpresa: alguns vereadores alegaram desconhecer quem fora e qual a participação que tivera a Imperatriz Leopoldina na história do Brasil. O presidente da Câmara Municipal, Cláudio Gonçalves Esmeraldo, usou de bom senso. Convidou-me a comparecer à sede do legislativo cratense para proferir palestra sobre a primeira imperatriz brasileira. Assim o fiz. Ao final da minha fala o projeto foi colocado em votação sendo aprovado por 20 votos a favor e uma abstenção: a do vereador petista Amadeu de Freitas. Àquela época, os adeptos do Partido dos Trabalhadores se apresentavam com um ar de superioridade. Julgavam-se os “donos da verdade”, verdadeiros vestais da ética, críticos de tudo... Em 2003, o PT chegou ao poder. Deu no que deu... Mas essa é outra história.
Voltemos ao troca-troca dos nomes das ruas de Crato. O ex-prefeito Raimundo Bezerra sancionou a Lei nº. 1.774 de 10 de junho de 1998, denominando de “Rua Imperatriz Leopoldina” a artéria que tem inicio ao lado direito da Avenida Padre Cícero – sentido Crato-Juazeiro – e dá acesso ao Parque Getúlio Vargas - Morro da Coruja, em toda a sua extensão. Existem vereadores na atual legislatura, possuidores de mandatos em 1998, que se lembram do episódio acima relatado.
Recentemente, os vereadores (provavelmente desconhecendo o fato de aquela via pública já ter nome oficial), tanto que a antiga lei não foi revogada, aprovaram nova denominação para a rua. Pela nova lei passou a se chamar Rua Orestes Costa. Este, aliás, este respeitável cidadão já fora homenageado anteriormente como a colocação de seu nome em 2 (DUAS)s ruas de Crato: a avenida que passa ao lado da Grendene e outra rua o bairro Granjeiro. Nada contra o Sr. Orestes Costa, cidadão de bem, cujo legado de honestidade e ética faz parte da memória da Cidade de Frei Carlos. Ele merece ser homenageado. O que constrangeu, e até revoltou muita gente, foi a “cassação” sumária da Imperatriz Leopoldina como patrona de uma rua de Crato e o Sr. Orestes Costas "emplacar" agora 3 (TRÊS) ruas com seu nome em Crato. Um autêntico tri-campeão"...
Prezado Armando.
ResponderExcluirVoce levanta uma questão importante. Deveria haver uma legislação criteriosa para as determinações de nomes de ruas. Assim se evitaria casos absurdos como os de sua importante postagem. Não existe povo sem memoria, sem historia e as ruas citadas que tiveram os nomes trocados já não fazem parte da historia do Crato. Parabens pela postagem.
Diria o Machado de Assis: Cáspite!
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