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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 8 de julho de 2010

FUMAÇA E MORTE NO DUELO DE ZE TABACO E LAMPIÃO - DR. SAVIO PINHEIRO


O chapeu deixou Mundim bem sertanejo, o sorriso do Dr. Savio mostra que a homenagem partiu do coração, Melyne Bitu testemunha e o Blog do Sanharol registra para posteridade - Foto de Renata Bitu.
A. Morais
Segue:

Poema dedicado ao amigo Mundin do Vale, para que ele não voe tão alto tornando esse sonho realidade. Peço aos seguidores deste blog que cobrem do grande poeta a promessa feita em 12 de Junho de 2010 na residência do senhor Renato Bitu. FUMAR NUNCA MAIS.
Dr. Savio Pinheiro.
Ei-la:

Bisneto de Cabeleira,
Que passou a ser defunto
É achado numa feira,
Na cidade de Pé Junto,
Morto de morte morrida
Ou matada, é o assunto.

Por ser homem conhecido
Numa brava região
Fez o povo comentar
E falar com precisão:
- Ele foi assassinado
Com um disparo no pulmão.

-Ele só fede a fumaça!
-Bradou alto o Zé Silvino.
-Eu reconheço este cheiro
De titica de caprino.
Por isso, eu acuso, agora,
O matador assassino.

O primo de Antônio Silvino
Que se expôs desta maneira
Gritou para todo mundo:
-Não anuncio besteira,
Mas o bafo do finado
Deu a pista derradeira!

Nesta hora de aflição
E tanta expectativa
O povo pede silêncio
Para ouvir sua narrativa,
Quando um outro transeunte
Salva-lhe da ofensiva.

Um neto de Jesuíno
Que por ali passeava,
Agindo com sensatez,
Um culpado procurava
Para àquela morte evitável
Que o mau destino mandava.

-Quem matou este rapaz
De morte tão violenta
É um ser muito perverso,
Que o cemitério alimenta,
Daí, acuso o culpado
De verve tão agourenta!

-O estrago que ele fez
No pulmão deste ex-vivente
Não se faz com homem, não!
Que tragédia deprimente,
Pois um ser assim tão mau
Não conhece o Deus clemente.

-Não pretendo declarar
O assassinato em questão
Sem lançar mão da certeza
E culpar qualquer cristão;
Porém, acuso dois réus:
Zé Tabaco e Lampião.

O neto de Jesuíno
Demonstrou muita coragem
Ao acusar estes dois,
De mil mortes na bagagem,
Pretendendo assim prendê-los
Durante a sua passagem.

Terminada a acusação
O fuxico se apresenta:
A notícia cria força
E detona violenta
Tirando a dupla da toca
Com um furor que arrebenta.

Lampião, endiabrado,
Sai fumando num tição
E pronuncia em voz alta
Que soube da acusação:
- Eu sou homem muito macho
Pra vingar uma traição!

Ele diz ser paciente
E não gostar de asneira,
Que vai apurar o caso
De maneira verdadeira
E que o avô do delator
Foi pessoa justiceira.

-O Jesuíno Brilhante
Era um ser muito envolvente:
Foi Cangaceiro Romântico
E matador pertinente;
Porém, o neto é covarde
E bastante prepotente.

Enquanto isso acontecia...
Na toca, no meio do mato,
No lastro do fumaral
Escondia-se Zé Tabaco
Com medo de aparecer
E provocar desacato.

Zé Tabaco é apelidado
De Zé Cachimbo e Fumaça
De Charuto e de Cigarro,
Rapé guardado em couraça,
De Torrado e Masca Fumo,
Velha da foice e desgraça.

Zé Tabaco se esconde
Na plantação lucrativa
Porém, chega o João Real
Com nova iniciativa
Para levá-lo à cidade
Com idéia resolutiva.

- Zé Tabaco, se entregue!
- Pronunciou João Real.
-Siga pra a delegacia
De forma bem natural,
Pois o senhor delegado
Quer ouvi-lo em alto astral.

Numa Sexta-Feira, Treze,
A dupla compareceu
Pra prestar os depoimentos
Sobre o homem que morreu
Já encontrando na platéia
Cajarana e Zé Bedeu.

Na saleta de espera
Um soldado fumador
Acomodou o Zé Tabaco
Em poltrona, sem temor,
Defendendo o Rei do Fumo
Com o maior esplendor.

Neste momento importante
Daquela delegacia
Uma algazarra acontece
E o delegado anuncia:
- Vem chegando Lampião
Louvando Santa Luzia!

O Rei do Cangaço adentra
Com roupa bem engomada
Cumprimenta os conterrâneos
Da sua Serra Talhada
E comunica aos presentes:
- Não estou pra caçoada.

Olhando pra Zé Tabaco
Fala-lhe em tom zombeteiro:
- Vamos ver quem é o pior
Se o gatilho ou o isqueiro
Pois produzindo fumaça
Mata o que acender primeiro.

Zé Tabaco, embora tímido,
Falou fazendo pirraça:
- Não venha me acusar,
Pois depois de uma cachaça
Até mesmo o Lampião
Dá um trago e faz fumaça.

Naquele exato momento
Chega Cazeca, apressado,
Explicando para os dois
O que é ser prevaricado
E os chamam a adentrar
Pra falar com o delegado.

A indumentária dos dois
Chamava muito à atenção:
O traje de Zé Tabaco
Era só divulgação
De cigarro e de charuto
Mostrando o fumo, à nação.

Lampião de cartucheiras
Cruzando o seu peito, em xis,
Com chapéu alto e algibeira
Expôs-se o tanto que quis
Mostrando os anéis de ouro
E os enfeites cor de anis.

O delegado interrompe
Com bastante autonomia
A exibição desta dupla
Demonstrando simpatia
E o seu interrogatório
Neste momento, inicia.

- Fui obrigado a anotar
No Boletim de Ocorrência
O registro de uma morte,
Feita com maledicência,
Pois neto de Jesuíno
Relatou-me com eloqüência.

- Ele acusa com veemência
Após ter investigado
Que a morte deste rapaz
De pulmão esburacado
Foi provocada por tiro
Ou por cigarro fumado.

- Estudando bem os autos
Constatei e vos exponho:
O culpado deste crime
De resultado tristonho
Foi o consumo de Tabaco
Ou foi um matador medonho.

- Minha primeira pergunta
Vai pra você, Lampião:
Onde estavas tu na noite
Desta triste execução
Em que furaram, sem pena,
Do rapaz, o seu pulmão?

- Delegado eu lhe respondo
Com verdade verdadeira
Eu estava com Maria,
Minha linda companheira,
Num forró muito animado
E de muita bebedeira.

- E você seu Zé Tabaco,
Onde o senhor pernoitou?
- Eu estive no forró
Que o Lampião lhe falou
Estando bem próximo dele
Todo o tempo em que ficou.

Zé Tabaco ao dizer isto
Criou grande confusão
Pois o grande Virgulino
E famoso Lampião
Desmentiu-o na mesma hora
Com muita convicção.

- Não queira desafiar
O grande Rei do Cangaço,
Pois você está mentindo,
Desmerecendo o espaço,
Tentando me desmentir
Ou me fazer de palhaço.

- Se eu exponho pra vocês
Que estive naquela festa
É porque eu fui inalado,
Isto ninguém me contesta,
Já que eu fui o fumo fumado
Sou fumaça que não presta.
.
-- Entendi o seu disfarce
Velha da foice enrustida
Você se diz matador,
Já que a morte é garantida,
Porém o mal que tu fazes
É só pra morte morrida.

- Você pensa que é o maior
Bandido desta nação,
Já que estupra, fere e mata
As moças por perversão,
Pois saiba, que eu, Zé Tabaco,
Mato em toda ocasião:

Mato por inanição
Por trombose e isquemia
Causo o parto prematuro
Dando, ao feto, asfixia
Deixo você deprimido
Dia e noite, noite e dia.

O delegado temendo
Uma tragédia fatal
Tenta mudar a conversa
Para uma prosa informal
Porém, a briga entre os dois
Já é um fato real.

Volta à cena, Lampião
Sentindo-se ofendido:
- Quem você pensa que é,
Taco de fumo vencido?
Eu sou o herói cangaceiro,
O mais temido bandido!

- O fumo que você inala
Tu o aspiras fumando
Teu pai o usou no cachimbo
Você o engole mascando
Faz um charuto asqueroso
E rapé de vez em quando.

- Eu só fumo pra espantar
Os mosquitos picadores,
Para tirar o cheiro ruim
Das pingas de maus odores
E para expulsar da mente
Um magote de temores.

- Tudo isto que tu dizes
Só confirma a minha ação,
Pois tu és um cangaceiro
E eu sou a dominação,
És tu um dependente
Preso pelo alcatrão.
.
- Onde foi que já se viu
O Lampião dominado?
Os Lopes da Vila Velha
Não se curvam em seu reinado
E os Feitosa de Inhamuns
Sempre estão em bom estado.

Conheço a sua ascendência
Oh! Fumante Lampião,
Mas tu sendo um dependente
Terás câncer de pulmão
E se não te assassinarem
Morrerás do coração.

- E você, seu Zé Tabaco,
Que está com a vida marcada,
Pois o povo vai deixar
De fumar em debandada
uma vida bem saudável
Está sendo estimulada.

- Mas o povo viciado
Não crer na educação,
Pois o dependente químico
Possui auto-enganação
com a minha nicotina
Derrubo a tua ereção.
.
-Você largue de besteira
E a ponta de cigarro,
Pois sou criado na roça
E nunca sinto um pigarro.
Só bebo leite de cabra
E na doença eu esbarro.

- Vai pensando que é fácil
Escapar deste tormento,
Pois fumar é considerado
Desvio de comportamento
E um terço dessa nação
Tem este vício ao relento.

- Eu fui aluno aplicado
Do Domingos Soriano
Tive com o Sinhô Pereira
E não encontrei desengano
Pra, agora, você dizer-me
Que eu vou entrar pelo cano.

- Uma só certeza, eu tenho
Oh! Cangaceiro do mal:
Eu, sozinho, fiz crescer
A mortandade global
E a expectativa de vida
Caiu de forma letal.

- Um cangaceiro valente
Não vê a morte morrida!
Por isso eu fumo! E eu masco!
E bebo toda bebida!
E não é qualquer tabaco
Que me tirará a vida!

- A Doença Pulmonar
Dita Obstrutiva Crônica,
O Infarto do Miocárdio,
A voz se tornando afônica,
A Hipertensão, a Diabetes
E as mortes darão à tônica.

- Ninguém diz a Lampião
O que se deve fazer:
Pois amansei burro brabo,
Fiz marido estremecer,
Toquei sanfona e viola
E na trova eu fiz valer.
.
-As mortes pelo tabaco
Atrasam muito o Brasil
Pois as substâncias tóxicas
Somam mais de quatro mil
E os cânceres que provocam
Destroem de forma hostil.

O público deste evento
Ouvia com atenção
A conversa dos bandidos
Zé Tabaco e Lampião
Sem entender o motivo
Desta grande encenação.

Foi quando o Rei do Cangaço
Disse em tom de vencedor
Que produziu nesta prosa
Uma trama de valor
Induzindo o Zé Tabaco
A conversar sem temor.

- Seu delegado, o duelo
Que eu bem fiz acontecer
Com o senhor Rei do Fumo
Para todo o mundo ver
Foi pra mostrar ao senhor
Quem fez o homem morrer.

O povo, neste momento,
Consciente da desgraça
Sabia que Lampião
Já armara uma trapaça,
Todavia, Zé Tabaco,
Bem tranquilo achava graça.

- Virgulino Lampião
Ver-se tão inteligente...
Pensando em subestimar
A inteligência da gente.
Pois te digo, delegado:
Não houve crime dolente.

- Ora veja! Pessoal
O engodo do matador:
Se o homem que morreu
Foi bem morto, sim senhor!
Zé Tabaco é réu confesso
Como ouviu o relator.

- Pois aí está o grande engano
Deste debate formal.
No meu vil raciocínio
Não houve morte ilegal
Sendo o fato um suicídio
Já que fumar é fatal.

- Eu que sou o delegado
E assinarei a sentença
Entendo que não há crime
E sim, grande desavença
Porém, foi bastante útil
Esta briga em tom de crença.

Aprendemos que o cigarro
Mata muita gente boa,
Bem mais do que Lampião
E Zabelê, em pessoa,
E que apesar de violento
A mídia o defende, à toa.

Também, aqui, aprendemos
Que o assassino Zé Tabaco
É um grande matador
Levando a massa ao buraco
Porém, ficamos sabendo
Que o viciado é um fraco.
.
Dr. Jose Sávio Pinheiro.

17 comentários:

  1. Mundim do Vale, o chapéu lhe deixou mais velho. Dr. Sávio, seu sorriso mostra que a homenagem é do coração. Melyne Bitu testemunha. Blog do Sanharol registra para posteridade.
    Antonio Morais

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  2. PARTE DO POEMA "VOANDO ALTO" DE MUNDIN DO VALE - UMA RÁPIDA PASSAGEM PELO CÉU.

    "Já está também na hora
    De tu deixar de fumar
    Tá igual uma caipora
    Já é tempo de parar
    Tu pensa que eu não sei?
    No dia que eu viajei
    Tu disse assim pra Renata:
    - Vou fazer um sacrifício
    Para deixar esse vício
    Porque o cigarro mata.

    Pois seja forte e seguro
    Tenha força de vontade
    Cigarro não tem futuro
    É coisa de vaidade.
    No lugar de uma tragada
    Tome uma bananada
    Que faz bem, não tem engano
    Sei que é um homem forte
    Mas não subestime a sorte
    Porque ainda é humano."


    Morais, essa pequena amostra do poema do Mundin é apenas para contextualizar os leitores sobre o meu comentário.

    Um grande abraço e boa leitura.

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  3. Muito rico os versos do Dr. Sávio. Vejo nos dois personagens, Sávio e Raimundinho, pessoas que merecem destaque na cultura Varzealegrese. Parabéns aos amigos conterrâneos aproveito para dizer de público a grande admiração que o tenho e ao mesmo tempo agradecer a grande colaboração que vocês têm dado ao blog do Sanharol, comunidade de minhas origens.

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  4. Não vou debater com Sávio
    Porque eu me sinto fraco,
    Cigarro é bicho reimoso
    Mas faltando eu dou cavaco.
    E assim sendo eu me reservo
    Porque gosto de tabaco,

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  5. Não fumes por mim, Argentina

    O tabaco tem ciência
    Tem sabor e tem cheirinho,
    Dele sai a impotência
    Que nos fere ligeirinho;
    Tabaco tira tabaco
    Já falei pro Raimundinho.

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  6. O tabaco me faz falta
    Mesmo com seu cheiro ruim,
    O fumo tem afastado
    Umas amigas de mim.
    Mas quando são virtuais
    Gostam muito do mundim.

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  7. por que não sentem
    o maldito odor
    cigarro é uma peste
    não vejo nele valor
    mas mundim mais de milhão
    fumou com convicção
    e na boca só tá o fedor

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  8. O tabaco tem levado
    Muita gente a sepultura
    Deixe-o mesmo de lado
    E passe a comer rapadura
    Vitamina que dar sustança
    E faz bem a criatura.

    Com relação ao problema
    Só resta a conscientização
    Por parte dos fumantes
    Que estragam o pulmão.
    Vamos fazer uma corrente
    Com vista a salvar a população.

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  9. João Bitu,

    Muito bom o seu comentário. Precisamos fazer uma corrente para ajudarmos aos fumantes, pois eles, muitas vezes, não conseguem abandonar o hábito de fumar porque não conseguem, apesar da força de vontade.

    Um abraço e obrigado pela leitura;

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  10. Grande historiador Israel Batista,

    Obrigado pelo comentário e pelo incentivo ao não tabagismo. Continue insistindo e ajudando aos fumantes, pois este é um problema de saúde pública e de conscientização social.

    Avante.

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  11. É...

    Caríssimo Dr. Sávio
    Seguidores do Blog do Sanharol

    Tai um cordel que o poder público bem poderia utilizar como mais um meio de chamar a atenção dos imprudentes fumantes.

    É uma pena ver o ser humano dominado pelo vicio, não só do cigarro, mas de tudo que gera a dependência química.

    A dependência química gera um triste vazio no futuro dos seus usuários, e eles sabem disso. Mas se deixam levar, trocando a saúde e a liberdade que poderia durar a vida inteira, por uma satisfação momentânea.

    Conheci uma senhora, minha amiga e mãe de três filhos. Ela era fumante inveterada.

    Aos 40 anos, teve câncer de pulmão, e se acamou para não mais se levantar.

    E para resumir: decorridos quase dois anos de sofrimento ela chamou a mãe e falou:

    MÃE coloca um cigarro aqui na minha boca, este é o meu último pedido e quero morrer em paz.

    A mãe, chorando acendeu um cigarro e pôs na boca da filha. Ela fechou-o entre seus lábios, deu um trago e exalou o último suspiro. Sou testemunha ocular do fato.

    Parabéns Dr. Sávio.

    Aceite um grande e fraterno abraço do

    Vicente Almeida

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  12. Vicente Almeida,

    Realmente, a dependência química leva o indivíduo a um transtorno físico e psicológico insuperáveis e a única alternativa para superá-la é a informação e a prevenção. Daí, ser muito saudável a utilização da arte e da cultura para questionamentos e resoluções.

    Obrigado pela leitura e pelo comentário.

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  13. Eu agradeço a todos os meus amigos
    Por essa corrente anti-tabagismo.
    Posso dizer que eu venho fazendo um grande esforço pra deixar o cigarro. talvez com esse apelo coletivo, quem sabe eu não consiga.
    Apareceu até alguns que faziam tempo que estavam ausente do Sanharol.Eu pensei até que estivessem contrariados com alguma coisa do blog.
    Obrigado a todos pelo cuidado com a minha saúde.
    VLEU.

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  14. A POESIA DE UMA RIQUEZA POÉTICA INCALCULAVEL. SEM COMENTARIOS. AGORA O POETA MUNDIM DO VALE NA FOTO TÁ PARECIDO COM UM PISTOLEIRO

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  15. Poeta não perca comigo
    O valor que você tem
    Pra mim não vale um vintém
    Quem Poe a vida em perigo
    Cigarro é mesmo um castigo
    Que acaba em sofrimento
    Atente para o intento
    Que galera reclamou
    Pra mim a mulher fumou
    Perdeu setenta por cento

    Se a mulher perde este tanto
    O homem como vai ser?
    Vivo a lhes repreender
    Pois gosto de você o quanto
    Escute bem esse canto
    Que esse canto é de lamento
    Não fechar com cimento
    A cova que fumou cavou
    Pra mim a mulher fumou
    Perdeu setenta por cento

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  16. Cláudio Sousa,

    Obrigado pelo incentivo anti-tabagista feito através dos magníficos versos. A SAÚDE agradece.

    Um Abraço.

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