O Chico é o meu torrão
A terra onde fui nascido
Meu velho Chico querido
Onde só tem cidadão
Que não gosta de questão
De caráter e de respeito
Que não tem nenhum sujeito
Sem vergonha e descarado
Seja solteiro ou casado
Sendo do Chico é direito
É o Chico do fiúza
E da família Vieira
Que gosta de brincadeira
Pois qualquer um deles usa
Que possui e não abusa
Muita calma e paciência
Não gosta de violência
Nem nunca são atrevidos
Por isso são protegidos
Da Divina Providencia
Nunca foi terra de brigas
Ninguém aqui anda armado
Seu povo é acostumado
A conviver sem intriga
E tudo isso se liga
A quem tem bom coração
E gostar de união
Pra ele não dar fadiga
Nem que sofra da barriga
Mas não faz ingratidão
Eu conheço todo o Chico
Desde a minha infância
E em termos de ganância
Não existe ninguém rico
Muito satisfeito fico
Com este gosto brilhante
Todos aqui são amantes
De uma paz muito forte
Seja na vida ou na morte
Respeita o seu semelhante
Com relação a respeito
Nosso chão é premiado
Não existe acanalhado
E nem mulher desonesta
Toda mulher daqui presta
E respeita seu marido
Não tem ninguém atrevido
Pra tentar conquistar ela
E se for uma donzela
Seu respeito é garantido
E não tem homem casado
Que tenha mulher por fora
A sua esposa nunca chora
Por isso já ter se dado
Ele é sempre honrado
Que vive para a família
E nunca saiu da trilha
Praticando este pecado
Pois já é acostumado
A fazer ação que brilha.
O leitor pode saber
Que não estou exagerando
Peço que vá perdoando
O que eu ei de fazer
É só lhes agradecer
Todos nós temos defeitos
Completamente direitos
Todos cheios de encantos
Todos nós éramos santos
Não tinha quem desse jeito
Eu aqui posso ter dito
Alguma coisa aumentando
Porém fique acreditando
Que o nosso Chico é bonito
Vou lhes dizer por escrito
Que durante uns cem ano
Todo aqui foi humano
Só houve um assassinato
E possa ser que no fato
Tenha alguém do centro urbano
Nunca se viu um ferido
De bala nem de peixeira
Para sair na carreira
E na rua ser socorrido
Todo mundo é unido
Vivemos na santa paz
Homem mulher e rapaz
Sem haver um imprevisto
Confiando em Jesus Cristo
Pois é assim que ele faz
Queria viver cem anos
Todos cem aqui no Chico
Mesmo pobre sem ser rico
Sofrendo meus desenganos
Sempre fazendo meus planos
Dentro do meu coração
Pois eu acho sem razão
E não acho a coisa boa
Quando alguma pessoa
Critica do meu torrão.
Enviado Por Magnolia Fiuza.
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".Dom Helder Câmara
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Admirei poucas pessoas quanto seu Quinco, homem honesto, honrado, correto, calmo, conselheiro, amigo, digno e por cima uma das maiores inteligencias que conheci. Deixou muitos exemplos, muitos amigos e muitas saudades.
ResponderExcluirA. Morais
concordo morais esse texto é uma grande declaração de amor a sua terrinha eu já postei esse texto em meses anteriores muito lindo, foi um grande artista anônimo que Várzea Alegre perdeu
ResponderExcluirAssino em cima e em baixo
ResponderExcluirCom tudo que está escrito
O Chico só tem cidadão
Não vejo ninguém aflito
Comunidade de referencia
De povo bom e bonito.
Povo bondoso e honesto
Que valoriza a educação
Terra de muita cultua
Orgulho dessa nação
Quero abraçar a todos
Com um beijo no coração.
Posso dizer aos leitores do blog
ResponderExcluirQue já lí poemas de diversos poetas
e tenho uma facilade muito grande de avaliar os bons trabalhos.
Essse poema tem tudo que qualifica
uma bos poesia. Não me lembro do poeta, mas posso dizer que esse é um excelente trabalho.
Eu faço apenas uma restrição no pequeno erro da quinta extrofe. e ainda responsabilizo o digitador, considerando que o poeta que faz um trablho desse não vai se descuidar de um detalhe tão pequeno.
Parabéns aos parente do poeta.
Gostaria de ler também a opinião do poeta acadêmico Dr. Sávio Pinheiro.
Morais.
ResponderExcluirEu notei outro detalhe que você talvez não tenha notado.
O poeta Seu Quinco tinha o mesmo nome do meu avô Joaquim Piau que também era poeta.
Poeta Mundim do Vale sinto-me na obrigação de endossar o seu comentário, salientando que fui eu o digitador que enviou o trabalho pra a Magnólia. E que esse erro por voce notificado dificilmente seria erro de digitação levando a crer que poderia ser do poeta ou do primeiro digitador. Pois a postagem estar quase que fielmente como se encontra no livro do autor “Salada de Poesias pag 25 e 26”. A não ser por alguns erros de grafia ou notoriamente de digitaação como na sexta estrofe na 2ª linha quando a palavra fora ficou faltando a "a" . Essa sua notificação foi mais importante. Mas a riqueza natural é tão grande que tal qual, os erros de números de linhas do poeta Chico pedrosa em briga na procissão deixei passar como que despercebidos.
ResponderExcluirMas valeu atenção e precisaríamos saber onde andam os originais, porque Seu Quinco era de fato grande poeta, mas como o Chico Pedrosa; Ele também pode ter em algumas poesias, deixado erros, nao sei.
Prezado Mundim.
ResponderExcluirÉ fato, Joaquim Jose Vieira, tinha o mesmo nome do seu avô Joaquim Piau. Agradeço as observações graficas apresentadas e já corrigidas.
Claudio Jose de Sousa.
Eu tenho o Livro do seu Quinco assim como o do Bidim, poetas do Chico, dois livros onde a poesia flora da forma mais simples e pura. O blog agradece a voce e a Magnolia por enviar este trabalho do seu Quinco para guardamos neste espaço onde a traça não haverá de destruir.
Abraços.
Caro primo Morais.
ResponderExcluirComo você tem os livros dos dois bons poetas, atente para a contração do poema " sítio Chico " Do Poeta Seu Quinco, com um do poeta Bidim que diz que nasceu onde nasceu a mentira.
Corrigindo
ResponderExcluirOnde tem contração leia contradição.
Poeta Cláudio Souza.
ResponderExcluirQuando comentei que o erro poderia ter sido do digitador, foi querendo dizer editor, que é a figura responsavel para conferir o original. Me perdoe pela expressão precipitada. Eu lhe garanto que não foi intencional e nem dirijida
a sua pessoa, eu não quís ofender ningém, nem editor, nem autor e nem leitor.
Eu admito que fui precipitado.
LÍNGUA DE POETA é fogo