Do Ceará, eu bebi
Água dos primeiros lagos;
Paguei, dos amores falsos,
Os levianos afagos,
Só os carinhos maternos,
Ainda, não foram pagos!
Trina, alegre a passarada,
Muge o gado, o bode berra,
As nuvens soltam granadas
No manto verde da serra,
E o vento sacode as flores
No colo morno da terra!
Sou um pobre sertanejo,
Nascido lá na aldeia:
Passei minha mocidade,
Brincando na branca areia,
Mas, dela, sinto saudade,
Quando estou em terra alheia!
Numa pequena cidade,
Vizinha de Piancó,
Desci pra pisar no pó
De quem está na eternidade.
Eu tinha imensa vontade
De ver a sua caveira,
Mas vi, somente, a poeira,
Formando uma nuvem escura,
Por cima da sepultura
De Inácio da Catingueira.
A minha pobre existência,
Sinto que não vai render,
Noto desaparecer
Toda a minha resistência...
Se a Divina Providência
Multiplicar minha idade;
Deixar que viva a metade
Que viveu Matusalém!
Se Deus quiser, inda vem
A minha felicidade!
De quem é a autoria desses versos preciosos?
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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Muito parecido com as coisas do Bidim. Vou de Bidim, o nosso Diamante Negro.
ResponderExcluirMudim.
ResponderExcluirVárzea Alegre tem tanto poeta que até mesmo quem não é poeta acaba dando sua contibuição poética, eu sou um,rs.
É verdade Francisco.
ResponderExcluirO autor desse trabalho tinha no seu sobrenome, Souza e Gonçalves,
agora ficou fácil para Cláudio Souza.
Abraços para os pais do blog do Sanharol.
RESPONDENDO:
ResponderExcluirO autor desses verso foi,
José Gonçalves de Souza,
várzealegrense que morava em Campina Grande onde fazía um programa diário na rádio Borburema.