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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

489 - Preciosidades Antigas de Várzea-Alegre - Por Antonio Morais


Poucos conhecem a historia de Izidora. Embora ela tenha sido testemunha do nascimento de diversas gerações dos do Sanharol e circunvizinhanças. Vivia de casa em casa e muitas vezes era chamada em cima da hora. Recebeu esse nome de batismo de Antonio Alves de Morais, o conhecido Antonio Alves do Sanharol que pelo menos 12 vezes recebeu os seus prestimosos serviços. Quando a gestante dava sinal do parto corriam a casa do seu dono Pedro Alves de Morais, Pedrinho do Sanharol para buscá-la.

Izidora era feita de tabuas de pau darco e um couro curtido de boi, uma jerigonça cuja atribuição era desempenhar o papel de uma cama. Era a única daqueles tempos e o seu dono, sempre muito solicito, a emprestava a quem procurasse. Izidora era abençoada por São Raimundo Nonato, numa época em que não existiam pré-natal, cesariana, nem medicos, não houve noticia de óbitos por parto testemunhado por ela. Izidora, poucos conhecem sua historia para agradecer e ser grato por sua solidariedade e companhia.

2 comentários:

  1. Izidora! Izidora!
    De pernas bem torneadas
    Abrigaste em belo corpo
    Distintas esperneadas
    Dando ao ser o seu valor
    Com carinho e muito amor
    Nas horas desnorteadas.

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  2. Pois é meus amigos.

    Izidora, a cama de Pedrinho do Sanharol, o meu besavô. Percorreu o Sanharol, de casa em casa, testemunhando os nascimentos dos nossos ilustres conterrâneos.

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