... Elas nos surpreendem; Trazem-nos uma alegria indescritível; às vezes nos colocam em situações vexatórias por sua extremada sinceridade. É ilusão pensar que a criança brincando lá no cantinho da sala, não está atenta aos mínimos detalhes de nossas conversas.
COMO SOBRINHOS:
... Provocam grandes desdobramentos dos titios que tudo fazem para agradar;
COMO FILHOS:
... São eles a razão da nossa vida, a força motriz do nosso trabalho, um motivo para chegar mais cedo em casa;
COMO NETOS:
... Ahhhh. Falar sobre netos é como descrever um anjo que chega ao nosso lar, se abanca e passa a nos envolver com laços de ternura e paz, exercendo nos avôs um fascínio e domínio nunca antes imaginados.
Nossos filhos às vezes implicam, afirmando que estamos prejudicando a educação de seus filhos. Isto não é verdade, e creio que todos os avôs concordam. Os pais podem até ficar tiririca de raiva. – nada a ver com o Deputado Federal. E daí? O neto é nosso, portanto, queremos amá-lo com o ardor da nossa maturidade e os envolver com o carinho que não tivemos tempo de passar aos filhos. Explico: Quando nossos filhos começaram a nascer, era também o tempo da nossa juventude, das nossas grandes lutas para obtenção do necessário à sua alimentação, educação, saúde e lazer, além das informações sistemáticas que devíamos lhes passar no correr do tempo, para que eles se tornassem dignos e preparados para a vida. Assim, nem sempre tivemos tempo para eles. Melhor dizendo: não tínhamos experência como hoje e muitas vezes faltamos naquilo que eles mais queriam, que era brincar um pouquinho conosco. Entretanto, muitos de nós conseguimos realizar nossa missão.
Quando inesperadamente, melhor dizendo: quando ansiosamente aguardados, os netos começam a chegar, estamos misteriosamente preparados para a curtição, e com bastante tempo. Voltamos a ser crianças, ficamos bestificados. Tudo que um neto faz é motivo de prazer para os avôs. A gente sente o coração rejuvenescer. Não há terapia maior nem melhor do que ver e participar das proezas de um neto: A dor de cabeça passa, as pernas já não doem, a raiva nem sabemos onde foi parar, a preocupação da vida é amenizada. E sabe por quê? Pela alegria que, eles nos injetam. A sua simples presença faz nossos olhos brilharem como nos tempos de enamorados.
Estou falando como vejo e sinto, não sei se pode ser generalizado a todos os avôs.
Tenho seis filhos e nove netos. A minha neta mais nova é a Júlia com quatro anos, e mora distante da minha casa uns cinqüenta metros apenas. Ela passa grande parte do seu tempo conosco e a gente brinca e se curte de montão.
A Júlia não gosta de afagos excessivos: Certo dia, estávamos deitados em nossa cama, ela veio e deitou no centro. A minha esposa começou a mexer com ela, era uns agarrados e adulações exagerados (coisas de avó) e ela gritava:
- Me solta vó, me solta!
Até que a Valdenia a soltou. Então ela se virou para o meu lado e disse:
- Me abraça vô, me abraça! (na verdade ela dizia: me abaça).
Tem coisa mais cativante?
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Outro dia ela teve um serio atrito com a mãe, chegando a receber um corretivo. Chorando e soluçando dizia:
- Bem que eu queria ter nascido era da barriga de meu avô e morar lá na casa dele!
A mãe, ainda irritada, exclamou:
- então vá pra lá!
Ela não contou conversa, juntou tudo que tinha de pelúcia como se essa fosse a sua bagagem, pôs em uma sacola e veio aqui pra casa!
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Neto é normalmente assim: Ousado, Atrevido e Confiante se o avô tiver por perto, é claro!
Júlia Com a Avó, aos oito meses
Aos três anos - Participando de quadrilha na sua escola
Aos quatro anos com sua mãe em um São João na sua escola
Aos quatro anos com sua mãe em um São João na sua escola
Vicente Almeida
Ah Vicente, você me fez lembrar meus irmãos que também são avós, é exatamente assim. Um deles falou um dia: " Filho a gente precisa ter moral mas neto faz o que quer da gente". É a mais pura verdade. Parabéns pelo lindo texto e belas ilustrações, vovô coruja!!!!!!!!!!!!!!
ResponderExcluirParabens Vicente pelos filhos e pelos netos.
ResponderExcluir"Como dizem os meus: avô ficou pra fazer o que os netos querem".
Vicente, Fafá e Morais.
ResponderExcluirVocês falaram por mim. A situação
dos avós com relação aos netos é
muito cômoda. Eles tem o mesmo carinho que tiveram com os filhos,
sem que seja preciso castigá-los.
Abraço para todos do Blog do Sanharol.
É...
ResponderExcluirFafá, Morais e Mundim:
Esta neta, nasceu com refluxo. Aos dez dias já estava na UTI e algumas vezes passou pelo balão de oxigênio.
Durante os primeiros dois anos, quase não saía do hospital, tudo era sofrimento e a mãe quase não dormia, passava a noite sentada com ela no colo, para evitar que inclinasse demais a cabeça e ficasse sufocada vindo a morrer sem ninguém ver. Suas veias ficaram em pandarecos.
Foi uma loucura para toda a família que nada podia fazer, a não ser sofrer junto e aguardar o tempo passar.
Diziam os médicos, ser necessário e indispensável uma cirurgia após ela completar certa idade.
Outros diziam que após cinco anos certamente se restabeleceria sem a intervenção cirúrgica.
Mas, após completar dois anos e um longo e oneroso tratamento, deu sinais de estabilidade e após uma bateria de exames, o médico deu por encerrado o tratamento, fazendo apenas algumas recomendações de muito cuidado.
Pois bem: ai está nestas fotos, saudável, sem seqüelas e sem cirurgia e ainda não completou os cinco aninhos. Podemos chamar isto de milagre?
O problema é que ela ainda não pode ver alguém de branco e ficar tranqüila.
No dia do seu batizado, deu o maior escândalo ao ser levada a pia batismal. Começou estranhando pois o padre e seu auxiliar estavam de branco, e o pai caiu na besteira de tentar explicar a ela a cerimônia, e que não ia doer.
Foi o suficiente para ela não se aproximar do padre, derramou a bacia de água e saiu correndo como um furacão.
É isso ai
Abraços do
Vicente Almeida