A BURRINHA GASOLINA
Dedico ao escritor Flávio Costa Cavalcante
A cidade Várzea Alegre,
De Mundim e Clementino,
Palco de boas histórias,
Que desenham o seu destino,
Apresenta pra vocês
A ação de um cretino.
Esse fato aconteceu
Com um garoto adolescente,
Fedelho muito precoce,
Namorador pertinente,
Que sem nem entender a vida
Já Imaginou fazer gente.
Numa noite de domingo
Teve idéia original:
- Vou roubar a namorada
E levá-la ao matagal
Imitando a natureza
Como faz todo animal.
Da forma que imaginou
Ele o fez com esperteza,
Combinou com a sua amada
Mostrando delicadeza:
- Se o seu pai achar ruim
Seguirei pra Fortaleza!
Como haviam combinado
O seu plano se mostrou.
Num cavalo bem selado,
O seu amor, nele montou
E cavalgando na serra
Bom lugar, ele encontrou.
O pai da jovem donzela
Amalucado ficou.
Sem saber onde encontrar,
Onde o casal pernoitou,
Ficou tão atarantado,
Que o dia se findou.
Segundo dia de luta
A procura do impostor
O pai sem se orientar
Procura um vereador,
Este não ajuda em nada
Aumentando a sua dor.
No terceiro dia, então,
Refletindo, ao natural,
Procura a delegacia
Presta queixa, coisa e tal,
Conversa com o delegado
Confundindo o seu astral.
Delegado Antônio Costa
Sente-se na obrigação
Sendo padrinho da moça
Tinha que dar atenção
Pergunta do ocorrido,
Como foi a relação.
- Compadre Chico, me diga,
O que foi que sucedeu?
Conte-me bem detalhado
Como o fato aconteceu.
Quero saber os detalhes,
Que você entristeceu.
- Meu compadre Antônio Costa
Quero saber do senhor:
Já deu tempo desse traste
Deflorar a minha flor?
Pois cabra ruim, há três dias,
Deu uma de sedutor.
- Compadre e amigo Chico
Eu não sou nenhum vidente,
Mas grande interesse eu tenho
De lhe dizer, certamente:
Se o casal é jovial
O caso é muito evidente.
Quando eu muito cavalgava
E cumpria a minha sina
Gostava de passear
Na burrinha Gasolina,
Que faceira desfilava
Com trejeitos de menina.
Com a sua filha eu não sei,
Se algo de ruim se encerra...
Porém, a minha burrinha,
Que comigo escorrega,
Eu a amava três vezes,
Só na descida da serra!
Fim.
Morais,
ResponderExcluirSe a Claude Bloc Boris contou um “causo” eu também posso contar o meu. Este acontecimento se deu com o avô do homenageado Dr. Flávio Costa Cavalcante, enquanto era o dirigente da Delegacia de Polícia de Várzea Alegre Ceará.
Um Abraço.
Sávio, Alceu Valença já dizia: Esse amor verdadeiro...Amavam como dois animais.O delegado, a sua parceira tinha um nome muito sugestivo, Gasolina, já era quentura, isso despertava o seu instinto sexual.O jovem mancebo com toda sua carga hormonal pela sua idade e diante de uma bela princesa não ia ser diferente.
ResponderExcluirDr. Savio.
ResponderExcluirEssa historinha do nosso querido amigo Antonio Alves Costa, corre o mundo pela graça e pelo humor. O Delegado era sabio. Parabens a voce por resgatar estas proezas de nossa gente e não estranhe se dois colaboradores lhe faltarem com comentarios é que o João Pedro com os seus sete anos e a Thays com 12 não devem se meterem com questões desta natureza. E mesmo o Delegado já deu por resolvido a situação. hahaha
Abraços.
A.morais
Dr. Rolim,
ResponderExcluirRealmente, o amor entre os animais sempre existiu. Mas, o delegado ter de por seu nome à prova num caso de zoofilia só para servir de exemplo para o compadre é deverasmente fantástico.
Um abraço.
Morais,
ResponderExcluirA história é bastante conhecida pelos conterâneos, mas que é hilária ela o é.
Saudações.
Dr. Savio.
ResponderExcluirBesteira essa de vovô. Pois o meu primo Yago já me contou essa historia do delegado Antonio Costa e no fim o verbo não era amar. Era outro.
João Pedro,
ResponderExcluirA palavra amar entrou exatamente para se adequar ao Blog do Sanharol, pois a original, soaria mais pesada. Pergunte ao seu avô, que ele sabe lhe explicar melhor.
Grato pelo comentário.
Essa engraçada história ficou ainda mais interessante nos versos do nosso poeta Zé Sávio...
ResponderExcluirAdorei.
Eu também fui delegado de polícia e busquei usar os ensinamentos e sabedoria do meu querido avô...
KKKKKKKKKKKk
Abraços
Flávio,
ResponderExcluirO seu avô era um irreverente. Convivi muito com ele na rua Gonçalves Dias.
Um abraço.