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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 27 de março de 2011

Do Seriado “Coisas da República”:Prescrição do crime de formação de quadrilha esvazia processo do mensalão em agosto deste ano

(Texto auto-explicativo...)


22 réus do processo sobre o pior escândalo da Era Lula vão estar livres de uma das principais acusações


Fonte: O Estado de S.Paulo, 27-03-2011

BRASÍLIA - O processo de desmantelamento do esquema conhecido como mensalão federal (2005), a pior crise política do governo Lula, já tem data para começar: será a partir da última semana de agosto, quando vai prescrever o crime de formação de quadrilha.



O crime, citado por mais de 50 vezes na denúncia do Ministério Público - que foi aceita pelo Supremo Tribunal Federal (STF) -, é visto como uma espécie de "ação central" do esquema, mas desaparecerá sem que nenhum dos mensaleiros tenha sido julgado. Entre os 38 réus do processo, 22 respondem por formação de quadrilha. Para além do inevitável, que é a prescrição pelo decorrer do tempo, uma série de articulações, levantadas pelo Estado ao longo dos últimos dois meses, deve sentenciar o mensalão ao esvaziamento.



Apontado pelo Ministério Público como o "chefe" do esquema, o ex-ministro José Dirceu parece estar mais próximo da absolvição. O primeiro sinal político concreto em prol da contestação do processo do mensalão foi dado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Ao deixar o governo, ele disse que sua principal missão, a partir de janeiro de 2011, seria mostrar que o mensalão "é uma farsa". E nessa trilha, lentamente, réus que aguardam o julgamento estão recuperando forças políticas, ocupando cargos importantes na Esplanada.



Na Corte. Um dos fatos dessa articulação envolveu a indicação do novo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e mostrou a preocupação do governo com o futuro do mensalão na Corte Suprema. Numa sabatina informal com Fux, um integrante do governo perguntou ao então candidato: "Como o senhor votará no mensalão?". Fux deu uma resposta padrão: se houvesse provas, votaria pela condenação; se não houvesse, pela absolvição. Foi uma forma de Fux não se comprometer.



No governo. Há também em curso costuras políticas para fortalecer petistas réus do mensalão. Um exemplo recente dessa movimentação foi a nomeação do ex-deputado José Genoino, na época do escândalo presidente do PT, para o cargo de assessor especial do Ministério da Defesa pelo ministro Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo, a pedido de petistas. O PT também conseguiu eleger para a comissão mais importante da Câmara, a de Constituição e Justiça (CCJ), João Paulo Cunha (PT-SP), outro réu do mensalão. Segundo políticos que acompanham o processo, a indicação para a CCJ pode garantir-lhe uma certa blindagem.

3 comentários:

  1. vamos aproveitar a oportunidade e colocar umas fotos do FERNANDO HENRIQUE CARDOSO doando as companhias elétricas, telecuminicações, VALE DO RIO DOCE, CSN, dentre vários outros BENS PÚBLICOS, para os leitores do blog não tenham a falsa impressão de que o autor da postagem está mais preocupado em fazer críticas ao atual grupo que rouba o país do que criticar o ROUBO PROPRIAMENTE DITO.

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  2. Grande Tom:
    Analisemos de forma inteligente o sofismo por você apresentado:

    1 – O Governo FHC ao contrário do que você afirma, “ não doou as companhias elétricas, telecomunicações, VALE DO RIO DOCE, CSN, dentre vários outros BENS PÚBLICOS” (sic).
    Eles foram privatizados após longos meses em que para serem vendidos ocorreram ofertas de privatização, concorrências, leilões e demais processos burocráticos. Você já está grandinho para desconhecer que tudo foi feito com transparência...

    2 – Já a roubalheira do MENSALÃO foi devidamente comprovado, após dez meses de investigação. A CPI dos Correios concluiu que o mensalão existiu e nada tem a ver com despesas não declaradas de campanha eleitoral. O relatório final da comissão diz que houve pagamento de mesada para deputados da base governista, conforme documento final apresentado pelo relator da CPI, Osmar Serraglio (PMDB-PR).
    Isso colocou por terra a versão apresentada elos governistas e referendada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os governistas, durante as investigações, diziam que o pagamento dos recursos servia para honrar compromissos de campanha não contabilizados. No relatório, Serraglio diz não aceitar a versão.

    "É reduzir-se em demasia a inteligência dos brasileiros imaginar que será bastante dizer que os milhões não foram distribuídos a parlamentares, mas sim corresponderiam a caixa dois de campanhas", afirmou o deputado no documento.

    3 – E como você – apesar de petista – é inteligente, seja coerente Tom!
    Não queira humilhar a inteligência dos milhões de brasileiros que livres de fanatismo pelo governo do “Cara”, sabem que a verdade não está na versão apresentada por Ali Babá e os 40 ladrões...37 dos quais indiciados pelo Mensalão no Supremo Tribunal Federal!

    Passar bem, velho TOM!

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  3. onde escrevi "sofismo", leia-se: SOFISMA
    Armando

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