O marido chega em casa
E a esposa lhe arrasa
Perguntando pela feira.
Ele acha que é brincadeira
Mas ela acha normal
E assim aquele casal,
Vai desgastando o prestígio
E gera mais um litígio,
QUANDO ACABA O CARNAVAL.
Por conta da bebedeira
Um folião deprimido,
Escuta no pé do ouvido
A marcha do Zé Pereira.
Quando chega quarta feira
Esse Fulano de Tal,
Já fica passando mal
Lembrando a conta do bar,
Sem saber como pagar
QUANDO ACABA O CARNAVAL.
Chega um cara na esquina
De bermuda e paletó,
Com inhaca de loló,
Enganchado em serpentina.
Pega o rumo da usina
Tombando pra lateral
E pergunta a Juvenal
Onde fica a micarêta.
Sai igual a carrapêta
QUANDO ACABA O CARNAVAL.
Um cidadão ressacado
Com a fantasia estendida,
Um mal cheiro de bebida
E perfume impregnado.
Papel de luz atrasado,
A conta da água igual
E até um quilo de sal
Não há ninguém que forneça.
É uma dor de cabeça
QUANDO ACABA O CARNAVAL.
Uma garota avançada
Com quinze anos de idade,
Perde a sua virgindade
Como se não fosse nada.
Diz que está dominada,
Que a parada é legal,
Que hoje em dia é natural
Bucho sem ser esperado
E é esse o resultado
QUANDO ACABA O CARNAVAL.
É um garoto sumido,
É um namoro acabado,
Um automóvel amassado
E um marido traído.
Um cachaceiro atrevido
Procurando um sonrisal,
Sem ter mais, nem um real
E ainda faz confusão,
Mas termina na prisão
QUANDO ACABA O CARNAVAL.
Quando acaba o carnaval tem poeta que volta prá casa de óculos quebrados, rs
ResponderExcluirFafá Bitu
Olá Morais, gostaria que o amigo me ajudasse a identificar quem era Isabel Bezerra de Morais, que no ano de 1832 teve um filho de nome ANTONIO, que teve por padrinhos Joaquim de Brito e Isabel Pereira.
ResponderExcluirImagino que os padrinhos sejam os avós da criança.
Um forte abraço
Genial, Raimundinho.
ResponderExcluirUma crônica bem rimada.
Grande abraço, amigo.
Quando acaba o carnaval
ResponderExcluirA gente volta pra casa
O relógio se atrasa
No peito, um vendaval
No rádio, um som banal
Toda roupa no varal
O dia passa "sem sal"
Acabou a brincadeira
Um vazio, uma canseira
QUANDO ACABA O CARNAVAL.
Abraço, Mundim
Flor da Serra Verde
Mundim.
ResponderExcluirVoce é um gênio. Esta historinha bem contada, engraçada, termina sendo, na verdade, a tormenta de muita gente. Mas Rafael já dizia lá pelos anos 60 : tudo é normal, quando acaba o carnaval.
Prezado Antonio Correia Lima.
ResponderExcluirVou dar uma pesquizada e volta com noticias da Isabel Bezerra de Morais.
Um grande abraço.
Mundim do Vale,
ResponderExcluirQuando chega a quarta-feira
Fica tudo diferente,
Desaparece a boa gente,
Que agitou a nossa bandeira.
No final da brincadeira
O que era bom virou mau.
Viajou Joaquim Piau,
Joemilton e Zé Bitu;
E na estrada do Iguatu
Foi até o Mário Leal.
Um abraço de saudade
Do final do carnaval.
QUANDO EU VI SÁVIO PINHEIRO
ResponderExcluirE A CLAUD COMENTANDO
E COMENTARAM RIMANDO
MAS NO SEGUNDO EU FUI PRIMEIRO
POIS FUI FOI POSTAR LIJEIRO
NUM MOMENTO SEM IGUAL
POIS PARECENDO UM RECITAL
ERA COMO AQUI ESTAVA
TOMO MUNDO COMENTAVA
QUANDO ACABA O CARNAVAL
Canta e canta a alegria
ResponderExcluirDe quem gosta e é folião
Maior folguedo da Nação
Tem suor, samba e folia
E chega o terceiro dia
Como a visão mais real
Seja do bem, não do mal
Seja beleza e emoção
Deixando leve o coração
QUANDO ACABA O CARNAVAL.
Hoje Estou muito abusado
ResponderExcluirCom assunto de política
Entrei aqui meio marrudo
E vou ver como é que fica
Com meu rimar acanhado
Não quero falar linguiça
Pois se me bate a preguiça
Vou rimar o bem com o mal
Devemos fazer justiça
QUANDO ACABA O CARNAVAL
Várzea Alegre é minha terra
E nascer lá é legal
Carnaval é no quintal
Brincando encima da Serra
Tomar cerveja com sal
Tirar leite de animal
Cuidado você se estrepa
Pois jumento é tudo igual
E pode haver o vice-versa
QUANDO ACABA O CARNAVL