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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 22 de maio de 2011

460 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Antônio de Romão, Edilmo Correia e Ferrim, estavam de madrugada na calçada da capela de Santo Antônio preparando uma serenata. Do lado dos três um violão, um litro de cachaça Cariri e uma tigela de tripa de porco assada para tira-gosto.

Zé Vitorino ia passando para tirar o leite, viu os três deu bom dia e perguntou:
Vão fazer uma serenata?
Antônio de Romão respondeu:
Vamos seu Zé. O Senhor quer tomar uma bicada para despertar?
Não Senhor obrigado.

Quando Zé Vitorino afastou-se um pouco, começou uma arenga de Edilmo e Ferrim, na confusão Edilmo bateu com o violão na cabeça de Ferrim que desceu até o pescoço.

Com o barulho Zé Vitorino voltou para ver o que estava acontecendo. Quando subiu a calçada viu Edilmo com o braço do violão na mão e o bojo feito um colarinho no pescoço de Ferrim.
As cordas chegavam a confundir-se com os cabelos pichaim.

Vendo aquela arrumação  perguntou:
Desistiram da serenata?
Antônio de Romão disse:
Não Senhor. É só Edilmo terminar de afinar o violão na cabeça de Ferrim, que nós vamos começar. Quer tomar uma para passar o susto?



4 comentários:

  1. Mundim,

    Estava sentindo falta de sua presença aqui. Adonde anda o amigo?

    Mais uma vez uma ótima postagem, uma ótima história, um ótimo causo.

    Abraço de flor


    Claude - Flor da Serra Verde

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  2. Obrigado Mundim pela atenção.

    Abraços.

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  3. Mundim

    Um caso corriqueiro, mas que com o seu talento de bom narrador, adquire um valor literário incomparável.
    Parabéns!

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  4. Minha querida Flor da Serra Verde.
    Estou ainda aquí bem pertinho de você, mas longe da comunicação.
    saudade
    Mundim.

    Morais.
    Disponha.

    Francisco.
    Obrigado pelo comentário. Para falar dos causos lá de nós não existe nenhuma dificuldade, um puxa o outro.
    Abraço conterrâneo.
    Mundim.

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