Juvencio Gonçalves Bezerra
Na época do ouro branco, do algodão, o varzealegrense Juvêncio Bezerra, filho de José de Toin, irmão de São Raimundo Nonato, casado com dona Danival Peixoto de familias cratenses, era fiscal do Ministerio da Agricultura.
Sua atividade e função principal era orientar os produtores no plantio, na colheita, no armazenamento e como produzir uma pluma de qualidade. O Juvêncio tinha como base o municipio de Assaré. De lá se deslocava para as demais cidades circunvizinhas retornando para fazer as refeições e pernoitar.
Se hospedava na penção de dona Bia onde alem de um bom e reforçado café, pela manha, era servido arroz com "traíra" no almoço e "traíra" e arroz no jantar.
Um dia, o Juvêncio recebeu um telegrama avisando que um delegado do ministerio da agricultura, um superior seu, estava se deslocando para a região para fazer uma inspeção nos trabalhos. Juvêncio chamou dona Bia para uma conversa: Preciso de um favor da senhora: Um superior meu, vai está por aqui amanhã e eu gostaria que a senhora desse uma caprichada no "rango", ele vem do Recife merece nossa consideração e precisa sair com uma boa impressão nossa.
No outro dia, dona Bia não fez outra coisa, passou a manha pastorando as panelas, trocou os pratos por uns novos, substituiu talheres, toalhas e panos de mesa.
Quando colocou a mesa o Juvêncio ficou bestinha, admirado com a variedade de guloseimas servidas, especialmente de uma apetitosa omelete, coisa nunca vista praquelas bandas até então.
Ao partir a omelete e retirar a parte a ser servida Juvêncio viu o "olhão" da traíra mirado na direção do delegado.
aam
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