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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 5 de outubro de 2016

A estratégia da eliminação - Por Antônio Morais


23 de Março de 1971, José Odemar Correia, presidente do Legislativo dava posse ao Prefeito e vice Antônio Diniz e Carlos Reni sob as vistas do ex-prefeito Dr. Pedro Sátiro.

Falar da politica atual eu me abstenho. A atividade é apaixonante e, é a mesma coisa que assanhar um cacho de abelhas. As paixões sobem a flor da pele, amigo desconhece amigo, tenho visto arranca rabos de tinir. Gosto sim de lembrar fatos políticos passados, primeiro porque não se admitem a eles contestação, contra fatos não há argumentos e, depois porque deles podemos tirar algumas lições.

Em 1970, depois de duas eleições bem sucedidas pelos gestores da Arena - Josué Diniz e Pedro Sátiro, as oposições não se encorajavam para uma disputa de puder, avaliavam ser desaconselhável fazer frente uma contenda. Então surgiu a ideia de uma candidatura única com Antônio Afonso Diniz para Prefeito pela situação e, Carlos Renir Correia de vice pela oposição. Caiu como corda em caçuá, mel na cabaça, o acordo interessava aos dois lados. Eliminados os adversários a eleição seria uma nomeação.

As lideranças não contavam com a rebeldia de estudantes como João Piau, Odalice Leandro e outros mais que iniciaram um protesto, e, num movimento articulado boca a boca foram convencendo outros jovens a aderir ao voto branco e nulo de modo que no final da campanha tiveram que abrir o cofre a gastar muito dinheiro para não perderem uma eleição de um candidato só.

A estratégia terminou dando certo para eles, os políticos, mas o munícipio teve a  pior administração  do  século.

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