Ser
- Claude Bloc -
Ela não tinha mais certeza dos seus últimos passos. Ainda assim, lhe assolava aquela confiança amofinada de que voltara. Era julho, a noite estava fria e a saudade tornava a escorrer pela cidade em tons de cinza. Da mesma forma como a vida que acreditava ter em mãos.
Pouco a pouco, tudo que era música se convertia em suspiros contidos. Tudo que era movimento, não mais podia ter razão de ser. Naquele momento, havia apenas um sentimento - o fato de reconhecer-se só e mesmo assim poder apanhar para si a mais simples verdade: era feliz!
Considerava que aquela respiração ofegante, ainda era respiração. Mas isso não era um privilégio! Bastava ser. Ser apenas. Humana! De sonhos e de vento, de sorriso, e de nostalgia. O todo que se torna igual, o pouco que se diferencia. O todo em sua essência, o pouco em sua superfície.
E como a vida, um dia o todo se mostra. Nunca tão simples, nunca tão doce, nunca tão concreto, mas buscando apenas ser. Ser humana!
Pouco a pouco, tudo que era música se convertia em suspiros contidos. Tudo que era movimento, não mais podia ter razão de ser. Naquele momento, havia apenas um sentimento - o fato de reconhecer-se só e mesmo assim poder apanhar para si a mais simples verdade: era feliz!
Considerava que aquela respiração ofegante, ainda era respiração. Mas isso não era um privilégio! Bastava ser. Ser apenas. Humana! De sonhos e de vento, de sorriso, e de nostalgia. O todo que se torna igual, o pouco que se diferencia. O todo em sua essência, o pouco em sua superfície.
E como a vida, um dia o todo se mostra. Nunca tão simples, nunca tão doce, nunca tão concreto, mas buscando apenas ser. Ser humana!
Claude Bloc
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A prosa-poética da Claude é como o sopro de Deus. Nos faz refletir, sentir e ser. Um abraço.
ResponderExcluirPois é, Sávio, a prosa-poética nos faz sobretudo SER.Abraço,
ResponderExcluirFafá
CBB,
ResponderExcluirNesses momentos que nunca se foram...
São como luz nas aquarela,pintadas a ouro
Resplandecem teu riso e teu meigo jeito
De olhar distante, mas ali refeito
Da alegria e pensamento incógnito
E cujo momento reconfortante é recomposto
Permanecendo para sempre o rosto,
Prisioneiro perene da retina.
JAT