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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 24 de junho de 2014

O Bem Amado - Dias Gomes.


Primeira novela produzida em cores na televisão brasileira. O prefeito Odorico Paraguaçu, um político corrupto e cheio de artimanhas, tem como meta prioritária em sua administração na cidade fictícia de Sucupira, litoral baiano, a inauguração do cemitério local. De um lado, é bajulado pelo secretário gago, Dirceu Borboleta, profundo conhecedor dos lepidópteros; e conta com o apoio incondicional das irmãs Cajazeiras, suas correligionárias e defensoras fervorosas: Dorotéia, Dulcinéia e Judicéia.
Dorotéia é a mais velha, líder na Câmara de Vereadores da cidade. Dulcinéia, a do meio, é seduzida pelo prefeito. E Judicéia é a mais nova - e mais espevitada. São três solteironas avessas a imoralidades - pelo menos em público, já que Odorico sempre aparece de noite para tomar um "licor de jenipapo"…
De outro, tem que lutar com a forte oposição liderada pela delegada de polícia Donana Medrado, que conta com o dentista Lulu Gouvêia, inimigo mortal do prefeito e líder da oposição na Câmara - atracando-se constantemente com Dorotéia no plenário. E ainda com o jornalista Neco Pedreira, dono do jornal local, A Trombeta. O meio-termo se intensifica com a presença de Nezinho do Jegue, defensor fervoroso de Odorico quando sóbrio, e principal acusador, quando bêbado!
Maquiavelicamente, o prefeito arma tramas para que morra alguém, sendo sempre mal sucedido. Nem as diversas tentativas de suicídio do farmacêutico Libório, um tiroteio na praça e um crime lhe proporcionam a realização do sonho. Para obter êxito, Odorico traz de volta a Sucupira um filho da terra: Zeca Diabo, um pistoleiro redimido, que recebe a missão de matar alguém para a inauguração do cemitério.
Como se não bastasse, Odorico ainda tem que enfrentar os desaforos de Juarez Leão, médico personalístico da oposição, que se envolve com sua filha Telma e faz um bom trabalho em Sucupira, salvando vidas - para desespero de Odorico.
Ao final, uma irônica surpresa: Zeca Diabo, revoltado, mata Odorico, que, finalmente, inaugura o cemitério!


5 comentários:

  1. Nunca se viu coisa tão semelhante a realidade atual. Assista o video. Os governos do PT copiaram Odorico na integralidade. Mas uma coisa me chamou a atenção no video: A alegria da Doroteia Cajazeira com o regime de governo - Democradura.

    O Cara encarnou Odorico e a Dilma encarnou o Cara. O Brasil virou Sucupira.

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  2. Lamentável a Globo não reprisar " O Bem Amado".Acompanhei os programas que passavam nas quintas-feiras.
    O palavreado de Odorico ficou na história: vamos aos finalmentes,imprensa marronzista, vermelhista, etc, etc...

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  3. Odorico foi inaugurar o chafariz d e Sucupira, ao descerrar a placa e abrir as torneiras, Zeca Diabo tinha fechado o registro geral e não saiu uma gota.
    Diante da decepção geral, odorico pronuncia:
    _Como disse o ilustrado,idolatrado Rui Barbosa...Ai soltou uma frase lá sem sentido.
    Dirceu Borboleta pergunta:
    Mas Coroné será se Rui Barbosa disse isso mermo?
    _Que tem dito ou que não tenha, não venha me interromper!

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  4. Prezado Giovane Costa.

    Pouco se fala do Dias Gomes, extraordinário, letrista, contista, cronista e novelista.

    Faleceu num acidente bobo. A porta do taxi que o condizia se abriu e ele caiu do veiculo.

    A midia é financiada para falar do Tiririca, Valdemar Costa Neto, Zé Dirceu, e essa cambada de desonestos que tomou conta da patria e vive a dar mal exemplos.

    Pobre povo.

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  5. Morais,
    É certo que o culpado é o povo, porque é quem vota.Mas para que está servindo o Tiririca no congresso? Agnaldo Timótio, Cacique Juruna são outros exemplos de pouca vergonha.
    Dias Gomes pelo menos retratava em suas obras as agruras do povo,fazia da ficção 1a realidade.
    Quantos odoricos temos espalhados neste país, roubando e humilhando o povo?

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