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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 12 de abril de 2013

JUIZ IMPROVISADO - Por Antonio Morais

José Adalio, o famoso José Gatinha alem de funcionário da prefeitura de Várzea-Alegre, de ajudar ao pai como  cobrador do ónibus que fazia linha para o Crato, era torcedor doente  do Azul, equipe  de futebol  varzealegrense dos anos 60. Jogavam no Juremal o Azul e o Couro, quando o juiz da partida deu um piripaco e não teve mais condições de continuar apitando, e como na época não se usava o juiz reserva encontraram José Gatinha na torcida e colocaram o apito na sua boca.

Tudo ia muito bem, até que o Couro fez o primeiro gol, que foi anulado. Cobrado o tiro de meta e mais alguns minutos, outro gol também anulado. Faltavam uns dez minutos para o termino da partida, quando o centro avante do couro, Nenen de Canuta, com uma cabeçada certeira fez mais um gol, que o juiz anulou.

Aí não teve jeito: houve um "fecha-fecha" um cu de boi desgraçado, tiraram o juiz que quase apanha; Mundim da Varjota botou a bola debaixo do braço e acabaram o jogo. Terminada a confusão, um repórter de campo perguntou:

Zé Gatinha, por que você anulou os três gols?

E ele:

Ora rapaz, se eu ia perder meus vinte  "minreis".

José tinha apostado no seu time de coração: O Azul.

3 comentários:

  1. Eu estava neste jogo, como José Gatinha era torcedor do Azul, testemunhei o arranca-rabo todo.

    Mas Mundim da Varjota botou moral. Com a bola debaixo do braço fez bunda de ema na direção de casa.

    Abraços.

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  2. Interessante o episódio, mas para o companheiro José Gatinha é chá pequeno. Veja bem amigos, nessa época já existia corrupção até nos momento de lazer. José Gatinha apaixonado pela política, torcedor assíduo e alucinado pela ARENA, fazia questão absoluta de soltar bombas próximas aos comércios dos adversários. Lembro-me de uma vez que ele ia se dando mal com o senhor José de Ginu, onde soltou uma bomba das grandes na entrada do beco que dava acesso ao mictório público da época. Era realmente um cidadão divertido e o povo gostava muito de suas brincadeiras

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