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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Andrezadas II - Por A. Morais


Outro dos André mandou o filho André ir o mercearria comprar uma rapadura. O garoto pegou a bicicleta e saiu em disparada. A reca de irmãos que ficou em casa não via a hora do André retornar com a mercadoria e fazer o guisado. 

O portador  comprou a encomenda e voltou para casa, mas não teve a devida paciência de esperar chegar junto aos outros irmãos para dividir  o saboroso doce. Começou pelos cantos, quebrava um, depois o outro e de dentada em dentada a rapadura ficou redonda. Onde já se viu engenho  com forma redonda. 

O dos André, pai do garoto, era  disciplinador e carrasco. Não permitia filho com esse tipo de comportamento. Diante disso o André com o buchim cheio e com medo de ser castigado atirou o restante da rapadura no "Riacho do Feijão" e engenhou uma historia cabeluda que convenceu até o pai: a rapadura caiu  do bagageiro da bicicleta e ele não viu.

Neste dia a meninada restante ficou com o bico doce, ficou só na vontade. Não é difícil identificar o autor dessa "Andrezada", pois  no caminho o Riacho do Feijão foi a grande salva guarda e defesa do André sabidinho. 

6 comentários:

  1. Eu avisei..... Tem André espalhado por toda parte.

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  2. Meus amigos leitores do blog, se Morais for postar todos os episódios de André, com certeza não vai faltar diversidades de histórias verídicas, pois a biografia e o estoque de acertos e erros do cidadão são sem sombra de dúvidas bastante grande.
    Chegando de madrugada na casa de José André, seu Pai, eu, Cícero Almino e André fomos direto para o fogão a procura de comida. Andre deu de garra de uma panela cheia de arroz branco, onde fizemos a festa. Depois de toda farra, André pegou a panela e sacudiu no chão, ficando só a cacaria. Ao amanhecer o dia, Dona Tonha, sua mãe, teve que prestar conta com André. Ele pensando que nós estávamos dormindo jogou toda culpa para mim e Cícero Almino. Amigo, o cidadão é artista.

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  3. Desculpe-me houve da minha parte um engano. Pensei que o André era o irmão de Morais, mas trata-se de André filho de Compadre do Chico, mesmo assim as suas presepadas são parecidas.

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  4. Morais, eu sou um dos que ficou só na vontade.....

    Luiz Fiuza

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  5. Aqui até tem rapadura, mais como as nossas nunca! aí que saudade. O menino dos Andrés está perdoado; quem resistiria??????????????

    Abraço a todos dos Andrés. Fatima.

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