Blog em Prosa.
Bem que este causo podia ser considerado uma "Andrezada". A historia que lhes conto aconteceu com Pedro e Benedito André.
Na mesma procissão do Sanharol para a Formiga, aquela que Antônio Alves cantava "É Trabai Perdido", iam também Menina do Garrote e Mundinha do Sanharol. A procissão seguia levando São Caetano do Sanharol ( a devoção ao santo no Sanharol é herança de Mãe D'oar). Da Formiga traziam Santa Luzia. No local do encontro das duas procissões, havia uma reza. Menina do Garrote se aproximou de Mundinha do Sanharó e disse: Mundinha, eu quero ter uma conversa curta e grossa com você! Mundinha respondeu em cima da bucha: Menina, teu rabo!
Meu avô Benedito André era tropeiro e passava de 15 dias viajando pelo mundo afora com tropa de burros.
Pedro André, seu irmão, era quem ficava encarregado de cuidar das filhas do meu avô. Na volta destas viagens, tio Pedro André contava as novidades para o meu avô e neste caso da discussão, Tio Pedro fez o seguinte comentário: Benedito, a coisa lá foi tão feia que falaram até naquele lugar por onde passa a rabichola do jumento!
Geovane.
ResponderExcluirIlustrei sua postagem com uma foto rara.
Os primos do Crato passavam para visitar os primos do Sanharol. Esta foto é do Inicio dos anos 60 do seculo passado. Devidamente identificada.
A procissão foi em 1932. A troca dos santos para chuver. Voce imagine essa perigrinação: Antonio Alves dizia que era "trabai" perdido, Mundinha falava outro palavrão, o Sol brilhando no céu. Só podia era não chover mesmo.
Mundinha do Garote queria bem contar um fuxico.
KKKKKKKKKKKKKKK
ResponderExcluirMuito interessante e oportuna esta foto.Mas Morais você sabe como era o nome de Menina do Garrote?
Sei Geovane.
ResponderExcluirEra Raimunda Alves Bezerra.
Teu avô Benedito André ficou viuvo e se botou pru lado de Mundinha de Sanharol. Ela disse:
Não me caso com viúvo
Nem que a corda dê um nó
Pra depois não me falar
Que a viuva era melhor.
Giovani.
ResponderExcluirA procissão eu não lembro mas a foto lembro muito bem,estava do lado só não saí na foto comedo de ser uma máquina de atirar,pois a pouco tempo eu tinha pedido para o Bonifácio da um tira no Nonato e o medo ainda não tinha passado.
Ei, Geovane.Quando eu era criança, eu achava que o terço era de Formiga mesmo. Aí eu creci, e chegou o dia da procissão, botei um vestido melindrosa de cetim de algodão liláz, de "pragas atrás" olha o nome,rsrs. E lá fomos nós, eu e minhas amiga. Quanta emoção meu caro geovane, eu senti naquele dia Santo. chegamos numa casinha simples, mais muito, muito rica de fé, harmonia... onde foi rezado um terço, e depois servidos vários tidos de nossas sigelas, porém saborosas coisas boas de comer. Era assim que todos se referiam aos sequilhos, mansapes, filhóis...nunca tinha visto tantas coisas boas de comer juntas,rsrs.
ResponderExcluirObrigada e parabéns, pra você e o Morais; a foto deu um ar todo especial pra esta postagem.
Abraço fraterno. Fatima Bezerra.
Essa foto é história. Além da presença de Tio Pedro de Brito, irmão de minha vovó está presentes as duas mais santas religiosas de nossa comunidade, Madrinha Zefa e Modinha do Sanharol, além de muitos outros personagens que marcaram a infância, adolescência e amizade que perdura até hoje.
ResponderExcluirAinda criança, mas lembro-me da vinda de Tio Pedro de Brito para o Sanharol visitar os seus sobrinhos e primos. Madrinha Zefa e Mundinha eram primas legítimas de Tio Pedro de Brito.
Quanta saudade eu sinto das tardes e noites onde todas as criançadas ficavam sentadas no parapeito da casa de Pedro André, esposo de Madrinha Zefa para assistirmos os ensinamentos religiosos com vista a fazer a primeira comunhão. Ela foi a nossa catequista ensinando a palavra de Deus e mostrando o caminho da verdade. Madrinha Zefa conquistou o carinho do povo do Sanharol e Comunidades Circunvizinhas pelas suas ações de bondade e espiritualidade em defesa do bem sem olhar a quem.