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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

De pai para filhos - Por A. Morais

Dedicado ao Mundim do Vale.

Estive em Varzea-Alegre neste período de carnaval. Encontrei alguns amigos e parentes. Dentre eles  Pedro e Caetano filhos  de Raimundo Alves de Morais, o grande poeta Candeiro.

Na nossa conversa, procurei saber se eles haviam herdado a tendência poética do pai. Eles levavam junto uma garrafa de pinga e, o Pedro improvisou esta sextilha:

Carro sem roda não anda,
Bêbado deitado não cai.
Quem tá por cima não cansa,
Quem tá por baixo não sai.
Ponta de corno não fura,
Cachaça limpa não vai.

Então trouxe-lhes uma cuia com  umas cajaranas e o Caetano fez esta quadra:

Se é mole não entra,
Se é duro não sai.
O tira gosto chegou,
A cachaça agora vai.

Foi um lero aprazível. Lembrei-me do saudoso Candeiro de Zé de Ana do Sanharol.

2 comentários:

  1. È preciso observar a tamanha facilidade de versejar desses amigos. Brincam com as palavras, versos e rimas.

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  2. Se herdaram do poeta Candeiro, não tenha dúvida de que são bons repentistas.
    Abraço para os três primos Poetas.

    Sim Morais.

    O guerreiro Pedro vem resestindo.
    Ele tem passado por grandes problemas, mas parece que ainda quer viver.

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