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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

As cinzas do carnaval de mentiras - Senador Demostenes Torres.


O que começou pequeno, com o Bloco da Mentira, foi ganhando corpo até se transformar na Escola de Samba Unidos da Desfaçatez. Na passarela de Genebra, no fim de semana, a nova ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres se submeteu aos jurados peritos da ONU. Ouviu horrores da comissão de frente. De nada adianta se fantasiar de ovelha se quando abre a boca mostra as presas de lobo.

Assim como a presidente Dilma Rousseff foi destaque como carola na busca por votos, Eleonora Menicucci forjou-se burocrata diante dos especialistas e disse que o problema não era do Executivo – já mandou as mais absurdas Medidas Provisórias para o Congresso, causaria espanto mínimo se fizesse a MP do Citotec.

Pouco interessa se com terço ou planilha na mão, o governo simplesmente não se importa com as mulheres ou seus filhos, mas com a repercussão nas manchetes.

Mesmo impelida pela opinião pública a encampar a defesa da vida, é sacrificante para a ministra negar uma militância de décadas pró-aborto. Desnecessário e soaria falso, pois a ala das baianas inteira acha que ela atravessa o samba ao violar seus princípios, mesmo que o País os considere o fim.

Na ONU, foram duros os questionamentos sobre o que a União faz para evitar a morte de 200 mil mulheres por ano em decorrência do aborto. Isso mesmo: 200 mil! Com 1 milhão de abortos, o viés fatal estaria na criminalização.

Como Menicucci realmente confia nesses dados, garantiu na véspera da reunião que continua abortista. Se as informações estão corretas, como o grupo da presidente permitiu, nos últimos 110 meses, o óbito de quase 2 milhões de mulheres?

Se todos os bebês tivessem nascido e nenhuma mãe morrido ao interromper a gravidez, o Brasil teria 11 milhões de habitantes a mais, considerando-se apenas o período petista.

"Se ninguém está mentindo, alguém está se omitindo. Menicucci, para usar uma expressão sua, não “expressou suas convicções pessoais”, pois por ela a política de estado seria legalizar a matança". 

Um comentário:

  1. Na ONU, foram duros os questionamentos sobre o que a União faz para evitar a morte de 200 mil mulheres por ano em decorrência do aborto. Isso mesmo: 200 mil! Com 1 milhão de abortos, o viés fatal estaria na criminalização.

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