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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

ESTUDANTES - POR A. MORAIS

Em 1970, a turma de Várzea-Alegre que estudava em Crato foi passar a Semana Santa em Várzea-Alegre. Eramos muitos, lembro-me de alguns, Pedro Morais, Expedito Morais, Cirle Máximo, José Batista Rolim, José Raimundo de Menezes, Luiz Cláudio Araripe e o Saudoso José Bastos Bitu.

No Domingo de Pascoa retornamos ao Crato. Na volta pegamos o ônibus de Totô, o único meio de transporte existente a época. O ônibus lotado, alem de gente conduzia galinha, peru, capote, bode e outras especies de animais. Uma chuvinha fina e impertinente obrigou  os passageiros a fecharem  os vidros do carro. José Galego, nosso saudoso amigo, filho de Raimundo Bitu e Cotinha tinha exagerado na comilança. De tudo comeu muito: milho assado, cajarana, batata doce, pão de arroz, farofa com cebola roxa e mais outros azedumes. Mal chegamos no Bar do Herculano uma bufa começou a se circular. Quando o ônibus parava passava pra parte da frente, quando se movimentava passava pra parte de trás. Não havia quem  pudesse identificar o autor por conta da movimentação, não parava, ia e voltava.

Em Farias Brito, Totô parou o ônibus no Bar do Geraldo Marinho. Todos desceram, uns para tomar café, outros para comer bolo e, a grande maioria para respirar um arzinho puro.

Quando Totô deu partida, uma mulher de aproximadamente 50 anos se levantou da cadeira e disse: Será que o cagão ficou?

O Ônibus  andou menos de 100 metros e, Zé Galego mandou outra. A mesma senhora se levantou da poltrona, uma mão tapando o nariz e a outra abrindo  os vidros do carro e gritou a todo pulmão: Minha gente, o cagão continua! 

José Bitu bem tranquilo em sua cadeira nem batia a passarinha.

4 comentários:

  1. Se os nossos descendentes pensassem, ao menos, nas dificuldades que tivemos eles rezavam todo dia a Deus agradecendo pela vidinha que levam hoje em dia.

    Dessa turma que citei Deus se apressou e levou Pedro Morais e Jose Bitu para o andar de cima. Que descansem em paz.

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  2. A.Morais...
    A vida passa rapidamente. Já se foram 41 anos.Lembro-me muito bem quando vocês foram morar em uma casa, próxima ao rio Grangeiro, se não me engano, bem perto da quadra bicentária e depois, em outra casa na rua Otávio Lobo, próxima ao Hospital São Raimundo.Você, Zé Bastos Bitú, Pedro Alves de Morais, Expedito Morais, Zé Raimundo, Zé Batista Rolim, dona Andrezinha e um parente seu, criado por ela, que não me recordo o nome.Eu, morava na rua Rua Cel Antonio Luís, bem em frente a Urca.Todos nós, com exceção de Zé Batista Rolim, estudávamos no Colégio Estadual Wilson Gonçalves. Naquela época, as coisas eram difíceis e nós, que tinhamos um pouco de recurso(nossos Pais), procuravam com bastante dificuldades, que os seus filhos fossem algúem no futuro.Hoje, todos aqueles que você citou são formados, concursados, uns aposentados e vivem rasoavelmente financeiramente bem. Os nossos filhos,(aqueles) que desejaram algo em suas vidas, são formados, concursados e vivem melhor do que nós que vivíamos naquela época. Devemos viver o presente, não esquecendo o passado, mesmo que tenha sido com muito sacrifício, mostrando que naquela época procurávamos conseguir,conquistar algo melhor para as nossas vidas.Repito, devemos viver o presente , estudar o futuro e nunca esquercer o passado. Hoje, entre nós, já não existe dois desses grandes amigos, que Deus chamou tão cedo para morar com ele. Um é o seu irmão Pedro Alves de Morais, carinhosamente chamado por nós de Pedro Cajarana e o outro, José Bastos Bitú, também carinhosamente chamado por nós de Zé Galedo ou Zé de Cotinha .Que saudades!!!!!! O tempo não volta mais. O importante é que ainda estamos vivos e "batalhando" pela uma vida cada vez melhor.

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  3. Morais, meu Amigo, eu imagino o quanto foi difícil para muitos estudantes Varzealegrenses que estudaram fora chegar onde chegaram; só mesmo sendo da terrinha, pois somos determinados, otimistas, e até mesmo persistêntes em tudo que é bom e nos fazem bem. Não é à toa a admiração e respeito que tenho por você.Registro aqui meus respeito e carinho por essa turma; e para os que DEUS já recolheu a paz eterna.
    Abraço fraterno. Fatima Bezerra.

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  4. Jose Bitu contava que do lado dele ia uma moça de Varzea-Alegre muito conhecida, bonita e educado e, que faltou pouco pra ela morrer de vergonha. Enquanto ele o autor do fumacê nem estava aí.

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