É certo que sem estar dopado de alguma forma não dá para aguentar. A bem da verdade nunca deu, mas hoje especialmente e raros os que não fazem. Antes era à custa de uma pinguinha bruta ou um rum com coca, ou até lança-perfume, que hoje parecem brinquedos inocentes. E disso os jovens atuais parecem ter ciência, não consciência. Daí apelarem para drogas cada vez mais pesadas quanto perigosas.
As cervejinhas - que os artistas, despudoradamente e a troco de um gordo patrocínio estimulam, basta que lhes paguem - já não trazem o efeito esperado. E aí, em que pese as autoridades tentarem impedir que se alastrem no meio da juventude, cada vez mais se consome entre os mais jovens, inclusive meninas que já não tímidas ou reservadas quanto antes - equiparam-se aos rapazes... e esses que se cuidem! Seria para aguentar o "Mamãe eu quero mamar" ou "Me dá um dinheiro aí" de milhões de anos atrás (acabou-se a criatividade)? Ou então suportar o estrelismo das estrelas baianas com seus axés repetitivos que arrastam a pipocada inconsequentemente e livremente solta? Tem até bandas de forró que se atrevem animar o carnaval. É... Tem gosto pra tudo! Se pararmos e, sem estimulantes na cabeça, repararmos bem, até as maiores atrações do carnaval e do mundo que são os desfiles das escolas de samba do Rio e São Paulo já estão recebendo críticas, severas, de pessoas do próprio meio.
Percebam que os carros continuam a quebrar nas avenidas, as baianas mal rodopiam, as coreografias das alas são repetitivas, sem inovações e apenas preenchendo espaços. Aos sambas falta-lhes poesia, inspiração, alma. Juntam-se um punhado de pseudosambistas e em quantidade (não qualidade) cada vez maior formam grupos que escolhem um tema e montam o "samba enredo" geralmente patrocinado. Uns já apelativos porquanto a política já se infiltrou e os carnavalescos direcionam os enredos à serviço desses que até então estão a dever, e muito, à Nação. Dessas mal sucedidas inspirações sai uma colcha de retalhos, sem melodia, sem sentimentos e apenas voltada para conveniências comerciais; samba mesmo não! Um bom enredo e que calharia bem seria "Apuração: Tumulto e vandalismo dos inconformados".
Enfim, escolas que seriam uma força representativa da cultura da comunidade e realce de suas tradições, hoje, comercializadas, o que ainda as salva nos desfiles são o requinte, criatividade e arte dos carros alegóricos e os estrangeiros que, deslumbrados porque nunca viram antes, agora são em número cada vez maior. E a "festa" continua... Mantém-se!
(*) José Hildeberto Jamacaru de Aquino, cratense. No momento residindo em Russas (CE). E-mail: hildebertoaquino@yahoo.com.br
Bem feito!
ResponderExcluirPouca gente percebeu. Enquanto a Escola de Samba Unidos da Tijuca, com um excelente enredo homenageando o “Rei do Baião”, Luiz (Lua) Gonzaga, sagrou-se campeã do carnaval carioca de 2012, em São Paulo, a Escola de Samba Gaviões da Fiel, com o enredo bajulador e medíocre, em homenagem ao ex-presidente Lula (tema: “Verás que um filho fiel não foge à luta” ( SIC), amargou um humilhante 9º lugar.
Humilhação pior só o filme: “O filho do Brasil”, contando a “estória” do Cara, que as prefeituras comandadas pelo PT distribuíram ingressos (de graça) para a massa ignara assistir...
Mesmo assim, pouca gente foi assisir.
Como aconteceu nas salas do cinemas do Shopping Center Cariri...
Resumindo: “Lua” venceu. Lula foi derrotado.
Para provar que nem todo mundo é idiota neste Brasil decadente dos dias atuais...
Esse blog é maravilhoso, mas quando fala-se de política... e que tentaçâo hem! E tem mais, pra falar mal do SCCP vá lá no Parque São Jorge como eu fiz, portanto, posso.
ResponderExcluirPrezado Armando.
ResponderExcluirEsse conselho é de 55 a.C O Brasil está bem fora destes conceitos:
"O Orçamento Nacional deve ser equilibrado. As dividas publicas devem ser reduzidas. A arrogancia das autoridades deve ser moderada e controlada. Os pagamentos a governos devem ser reduzidos, se a Nação não quiser ir a falencia. As pessoas devem novamente aprender a trabalhar, em vez de viver por conta publica".
Marcus Tullius - Roma, 55 a.C
A ironia é um recurso medíocre, pobre, segundo a teoria linguística, e você Morais, foi irônico no seu comentário. Mas sem ironia , você o fez muito bem. Parabéns! Quanto à foto "bem CORINTHIANA" mantenho o meu comentário. Abraços (corinthianos kkkkkkk). Em tempo, não vivo por conta pública.
ResponderExcluirJosé Hildeberto Jamacaru de Aquino
ResponderExcluirUm longo e bem articulado artigo contra a maior manifestação cultural e popular do nosso povo. Eu devo ser um grande idiota, pois ainda não consegui deixar de me emocionar com essas apresentações. Mas, é claro que também aprecio um carnaval à moda antiga, que ainda se preserva em algumas cidades do país, ou um carnaval interiorano como o da nossa querida Várzea Alegre. No meu tempo em Icó, os blocos eram puxados por uma corda onde ficavam os foliões, isso também me faz lembrar com recordação... O carnaval de hoje, para inserir em um mundo globalizado teve que se profissionalizar. O Brasil é um país antropofágico, como demonstra em vários dos seus movimentos culturais. Além de fazermos concessões com os índios e negros, também fomos incorporando novos valores dando a eles um jeito bem brasileiro. Isso aconteceu com a Semana de Arte Moderna de 1922 e o tropicalismo dos anos sessenta. E com O carnaval não é diferente. Transformamos o entrudo português no jeito bem misturado que só o Brasil sabe fazer.
O Ceará é o maior exemplo de antropomorfismo brasileiro, já consagrado através do romance Iracema de José de Alencar, onde o guerreiro branco, Martins, se apaixona pela bela morena virgem dos lábios de mel. O inicio do romance é um belo canto de amor! Bem, tirando o episodio, daquele imbecil em São Paulo que invadiu o sambódromo para destruir os votos, pelo menos até onde pude acompanhar foi um espetáculo e tanto, inclusive o da nossa Várzea Alegre.
Prezado Assis Costa.
ResponderExcluirCitei a frase do Marcus Tullius de 55 aC porque ela é contrastante com o que se vê com os nossos governantes.
38 ministérios para atender aos sanguessugas que não se reelegeram é demais.
Veja que Jesus criou sua igreja, a maior obra da humanidade com apenas 12 ministros ou apostolos.
Não me referi ao autor da postagem nem aos comentaristas. Parabens pelo Corintians.
Um forte Abraço.
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk viu como se tira um da reta, e ainda....kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirPelo último comentário do Sr. Assis Costa percebe-se a falta de seriedade em debater democraticamente e civilizadamente um assunto.
ResponderExcluirNenhum surpresa quando ao comentário do Francisco Gonçalves, pois ele sendo comunista vê tudo pela ultrapassada ótica marxista-leninista. Mas temos de respeitar as ideia dele.
E para quem não entendeu o que escrevi, explico a razão do meu comentário.
A mídia pouco noticiou o fracasso da Escola de Samba Gaviões da Fiel.
Detalhando:
A Escola Unidos da Tijuca (que desfilou com o tema homenageando o “Rei do Baião”, Luiz Gonzaga), foi vitoriosa no RIO DE JANEIRO.
A Escola Gaviões da Fiel (que desfilou com o tema homenageando o ex-presidente LULA DA SILVA, ficou na “rabeira”, em SÃO PAULO), num humilhante 9º lugar.
O que eu quis mostrar é que o povo paulista tem maior dose de imunidade à corrupção, às práticas clientelistas e não se sensibiliza com a demagogia que corre solta no Brasil. Status quo que é, infelizmente, apoiado aqui, melhor dizendo nos grotões do atraso e da miséria do Nordeste.
Gostaria que autor José Hildeberto Jamacaru de Aquino pudesse explicar a que ele quis criticar: Lula, o Corinthians ou a Gaviões da Fiel e de que forma este comentário está ligado ao Sanharol?
ResponderExcluirA avaliação das escolas de samba é feita por profissionais e não por manifestações do povo, pode até corresponder a sua expectativa, mas não é essa a intenção dos jurados. São 10 os quesitos analisados pelos jurados:
ResponderExcluir1º-Bateria
2º-Samba-enredo
3º-Harmonia
4º-Evolução
5º-Enredo
6º-conjunto
7º-Alegorias e adereços
8º-Fantasias
9º-comissão de frente
10º-Mestre-sala e Porta-bandeira
Como podemos ver uma escola para ser campeã precisa ser bem avaliada em todos esses quesitos.
Campeã paulista de 2012, Mocidade Alegre, abordou a cultura baiana.