O Recreio Social era o ponto de encontro da família varzealegrense no final da década de 60 do seculo passado. Inicialmente ocupava uma casa ao lado da prefeitura, imóvel este pertencente ao Senhor Manuel Bezerra. Depois acupou um espaço aberto atrás da prefeitura, área ao ar livre e de aprazível convívio nos finais de semana.
Aquela época a prefeitura não se metia com festas sociais, sua função era outra - construía hospital e escolas. Cabia a sociedade promover os eventos sociais. Antônio Rolim de Morais era um empresario destemido e corajoso. Trouxe a nossa terra grandes artistas. A juventude daquela época é uma eterna devedora de sua fibra e coragem.
Os Brasas, uma banda do Rio Grande do Sul, estourou a época com a musica - A Distancia. Veio tocar uma festa. Foi anunciado durante toda semana pela amplificadora do Odeon na locução do Valdefrancy Correia.
Eu, trazia comigo, contados 20 cruzeiros para entrada. Não resistir a Cerveja Gelada no Bar do Nego de Aninha. Quando dei por ela estava fora da festa, o dinheirinho sumiu pela urina. Subi pru Sanharol, armei uma tipóia e cadê dormir.
Parecia que todos os microfones estavam dentro da rede comigo, o vento conduzia direitinho, até as vozes do publico podia se ouvir. No outro dia, só se ouvia o zum zum zum: os rapazes e moças radiantes com a tamanha alegria da noite anterior.
Os Brasas - A Distância - 1968.
O Recreio Social foi sucedido pelo Creva que atualmente está quase sem função. As festas de hoje são nas praças, para o povo que vota. E viva a democracia.
ResponderExcluir... Que bela lembrança!
ResponderExcluirPois é... Morais, grande Recreio Social!
ResponderExcluirPrezado Assis Costa.
ResponderExcluirO muro do Recreio era bem baixinho, mas a formação dos jovens da época não permitia pular. kakakaka
Artemisia.
No Recreio Social assistir show de Jerry Andriany, Wanderley Cardoso, Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Roberto Muller, Nelson Gonçalves, Nilton Cesar, Marcio Greik e tantos outros grandes artistas.
Bons tempos.
Um abraço no amigo Jose Bezerra.
De público quero agradecer a dedicação da postagem que os trouxe muitas recordações. O Recreio Social foi por muitos anos o ponto de encontro da juventude, jovem guarda e também a velha guarda.
ResponderExcluirFatos idênticos ao do primo Morais aconteceram comigo. A nossa criação não foi diferenciada, até porque éramos praticamente vizinhos. Na época a realidade econômica era totalmente diferente da de hoje, a economia girava em torno da subsistência, arroz, milho e feijão, uma pequena pecuária e a safra do algodão para comprar as nossas vestes. Contudo, éramos felizes e só fazíamos aquilo que era concedido pelos nossos pais. Isso que nos enche de orgulho, pois nunca tentamos entrar em repartições ou festas pulando muro ou com desacato a autoridades, orgulho para os nossos saudosos pais.
Lembro de um dia que meu saudoso irmão José Bitu pediu para meu pai comprar uma camisa volta ao mundo, grande sucesso na época com vista a ir uma festa. Meu pai com um gesto de humor disse: meu filho!!!!, No momento eu não posso comprar nem uma volta a meu cu, quanto mais ao mundo. Com essa resposta só restou ao mano à conformação.
João Bitu,o teu pai,PADIM,marcou com suas tiradas cômicas.kkkkkkkk
ResponderExcluirMUITA GENTE IGNORA E ÀS VEZES NÃO ACREDITA QUANDO EU DIGO QUE NUNCA INGERI BEBIDAS ALCOÓLICAS. VEJA BEM, UMA PRESEPADA DESSA NÃO TERIA ACONTECIDO COMIGO.
ResponderExcluirLEMBRO-ME QUE AOS 14 ANOS EU ESTAVA PREPARADO PARA ANIMAR UMA FESTINHA DE ANIVERSÁRIO NO SÍTIO DOIS RIACHOS. LEVEI O MEU VIOLÃO. E TODO MUNDO NA MAIOR EXPECTATIVA PARA ME VER CANTANDO OS SUCESSOS DA ÉPOCA (TUDO EM RE-, LA- E DO+, OS TONS QUE EU DOMINAVA, E QUE AUMENTAVA OU DIMINUÍA COM UMA PRESILHA NO BRAÇO DO VIOLÃO.
AÍ CHEGARAM MUITAS GAROTAS... EU COMECEI A TREMER NAS BASES... POR INCENTIVO DO MEU AMIGO FRANSQUINHO EU INVENTEI DE TOMAR DOIS DEDINHOS DE CACHAÇA ARACATI. ELE ME GARANTIU QUE AFUGENTARIA A TIMIDEZ.
MEUS AMIGOS, ESSA CACHAÇA NÃO DESCEU NO RUMO CERTO. VOLTOU DE CABEÇA A CIMA... SAIU PELAS VENTAS, PELOS OUVIDOS, PELOS OLHOS...
MINHA TIA NENEM ME DEU UNS MURROS NAS COSTAS PARA QUE EU NÃO MORRESSE ENGASGADO...
NAQUELE DIA EU NÃO CANTEI NADA... PASSEI A MAIOR VERGONHA NA FRENTE DAS GAROTAS.
MAS SÓ ACONTECEU ESSA VEZ. NUNCA MAIS EU TENTEI REPETIR ESSA PRESEPADA.