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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 23 de novembro de 2016

VÁRZEA-ALEGRE - TERRA DO ARROZ - POR ANTONIO GONÇALO DE SOUSA.

As chuvas que vêm caindo aqui em Fortaleza ultimamente, talvez tenham provocado mais uma de minhas crises saudosistas, trazendo lembranças do meu Sanharol lá na terrinha querida, Várzea Alegre - CE.  Saudade do cheiro que vem da mistura de umidade da terra com as cinzas das coivaras queimadas nas áreas preparadas para o plantio; arados revirando os solos nos baixios; sapos coaxando, sabiás cantando; as várzeas cheias de arrozais, etc. 
Saudade, que é o principal combustível da esperança. Eterna esperança de sempre voltar por lá.


No alto da foto se vê a residencia do Senhor Antonio de Gonçalo do Sanharol

"Dava gosto de se vê
Um bando da cabra macho
Cortando cacho por cacho
Cantando sindô lelê".
Candeiro.

E por falar em arrozais, acho que os leitores vão concordar comigo se eu comentar que o cultivo de arroz vem sendo muito reduzido nos últimos anos em Várzea Alegre. Esse fato me faz recordar  a extinção da cultura do algodão  ( Gossipium L.), uma das alavancas da economia regional até a década de oitenta do século passado e que já não existe mais na nossa região. Tem-se como um dos principais motivos de seu desaparecimento  a chegada de uma praga conhecida como “bicudo” (Anthonomus grandis). Na minha concepção, outras causas também contribuíram para a extinção total da sua exploração no nosso semi-árido. 
Mas isso não vem ao caso no momento, porque o que pretendo mesmo com esse humilde comentário é fazer um paralelo do que aconteceu com o algodão e   o que agora estamos assistindo em relação a exploração de arroz (Orryza Sativa), que por muitos e muitos anos também foi célebre destaque na agricultura Varzealegrense, aliás, fazendo com que o município fosse reconhecido como o o maior produtor de arroz de sequeiro do Ceará. 
A cultura de arroz é, por assim dizer, um ícone cultural de Várzea Alegre. Inclusive, um verso do nosso Hino do Município retrata muito bem essa relação: “O teu vale esperançoso e tão fecundo onde brotam os teus ricos arrozais”. Ouvindo esse trecho é impossível não imaginarmos as várzeas verdejantes dos Riachos do Machado, São Miguel, Riacho do Meio, com seus afluentes Mocotó, Caiana, Feijão e Umari dos Carlos. Os Saudosos José Clementino e Mestre Antônio, autores da letra e música do referido Hino, devem estar vendo lá de cima que o verde que era formado pelos arrozais está se tornando apenas pequenos mosaicos, com tendência de desaparecer completamente. De uns três anos para cá o que se vê mais são capins e boiadas nas várzeas. A desculpa dos agricultores é sempre a mesma, ou seja, que não compensa produzir arroz, por que sai muito mais barato comprá-lo já descascadinho..... É só botar no fogo......  

Na mesma posição da foto anterior a casa de Jose André do Sanharol

Vale ressaltar que não vem aqui nenhuma objeção à exploração pecuária, especialmente a criação de bovinos. Muito pelo contrário, julgamos que é uma boa alternativa e, quando praticada de forma consequente, também gera resultados compensadores. Com o potencial de solo e clima que temos em Várzea Alegre, se as explorações da bovinocultura de corte e leite estiverem aliadas às técnicas e insentivos das instituições que lidam com o setor, certamente gerarão bons frutos. Queremos até parabenizar a iniciativa de alguns produtores, Secretaria de Agricultura e a EMATERCE, que recentemente promoveram “Dia de Campo” sobre a exploração leiteira, cujo evento foi retratado neste blog. 
Mas, é preciso ressaltar que será difícil esquecermos daquele verde-cana que vem do Riacho do Machado, que depois vai passando para o  amarelado e, finalmente, quando chega maio/junho os baixios ficam dourados, se enchem de homens e mulheres apanhando arroz. E os adjuntos....tempo de fartura, cantorias, comida à vontade, galinhas caipira no guisado, carnes de perus,  porcos, carneiros e, por fim, a sobremesa de arroz-doce, só prá variar. Era bom demais.........
Fica a indagação: Se um dia o cultivo de arroz desaparecer totalmente de Várzea Alegre, qual “bicudo” vai ser o “bode espiatório” da questão? Sabe-se que os declínios ou até mesmo extinções de atividades são corriqueiros em todo o mundo. Temos outros exemplos de atividades e explorações que desapareceram ou que tiveram significativas reduções por aqui, tais como, os engenhos de cana-de-açúcar, os alambiques, o vaqueiro (Nordeste),  o café (Serra de Baturité - Ceará), a mineração (estado de Minas Gerais), queijo dos  Inhamuuns (Tauá/Arneiroz), o tropeiro (em todo Brasil). Em alguns casos, pode-se ver facilmente que os motivos estiveram ligados à chegada de inovações tecnológicas, ao clima, ao mercado, etc. Por outro lado, é possível observar que a aparente submissão dos agropecuaristas e até mesmo as políticas assistencialistas e eleitoreiras dos governos podem vir a comprometer outras explorações, inclusive, toda agricultura de sequeiro do Nordeste. Reconheçamos que determinadas profissões e/ou explorações, embora não tanto rentáveis economicamente, fazem (faziam) parte da cultura de algumas regiões do Brasil e contribuem para evitar o êxodo rural. Portanto, precisam ser incentivadas com políticas e gerenciamento voltados para preservação e sustentabilidade.

19 comentários:

  1. Prezado amigo Antonio Gonçalo de Sousa.

    Li e reli seu texto varias vezes. Considero o mais completo sobre o tema que já vi.

    Fui menino e adolescente na roça, acompanhando o meu pai. Conheço bem essa historia. Depois da colheita do arroz era me dada a permissão para ir ao roçado catar alguns cachos para vender o arroz a Joaquim Bitu e comprar traques para soltar noite de São João. Era prazeroso achar uma moqueca de arroz prata perdida no palheiro.

    Um grande abraço e muito obrigado pela contribuição com o Blog do Sanharol.

    Abraços.

    Antonio Morais.

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  2. Prezados amigos.

    O que me encabula e invoca. É um texto com uma feitura destas, que resgata a cultura e a historia de nossa memoria, ninguém do local comenta.

    Se postar uma noticia de um ministro ladrão, que se viu obrigado a sair porque estava desmoralizado, aí sim, aparecem dezenas para defender, partindo, as vezes, para o pessoal.

    Ainda bem que existem os Antonio Gonçalo para resgatar nossa historia para o nosso Blog. Quem interessar é só acessar e ler.

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  3. Amigo e colega Antonio Gonçalo, parece até que estou lhe vendo do alto de nossa casa você utilizando a mecanização a Tração Animal no preparo do solo para o plantio do arroz. A nossa vida não foi diferente, até na aptidão pela profissão fizemos um curso dentro da área da agricultura e pecuária. Hoje, depois de 34 anos você ainda frente ao Banco do Nordeste e eu na EMATERCE a disposição da Prefeitura Municipal, frente à Secretaria de Agricultura e Recursos Hídricos, nas parcerias procurando alternativas para desenvolver as políticas públicas destinadas a Agricultura Familiar.
    Eu tenho as mesmas preocupações com o cultivo do arroz na nossa terra. Lembro-me no mesmo período, meu pai tirava de renda em torno de 100 sacos de arroz, hoje as realidades são totalmente diferentes, as terras estão cheias de capins para a produção de pecuária, uma opção pelo fato do povo não querer mais cultivar o arroz.
    Nobre colega Gonçalo, sinto-me honrado em fazer um comentário sobre um assunto de fundamental importância, você relembra um passado bom, onde estudávamos e ao mesmo tempo trabalhávamos no retorno das aulas, procurando ajudar os nossos pais no que se refere a subsistência da família no dia-a-dia. Você ainda pode contar com o aconchego e amor dos seus, já para mim resta apenas muita recordação e saudade daqueles que foram à mola propulsora de nossa educação, maior investimento e prazeroso no contexto geral da família.
    Dinheiro não existia em nossos bolsos, sobrava no colégio Agrícola irmos até a casa de seu Siebra, onde éramos bem recebidos e daí procurar encher o rabo de Fubuia, curtir a saudade de Várzea-Alegre e depois voltarmos para os dormitórios. Essa era uma alternativa de vida dos cinco estudantes Varzealegreses na Escola Agrotécnica de Crato-Ce. O mais endinheirado era o João Meneses, que tinha família na cidade e nos finais de semana curtia o Serrano, Crato Tênis Clube, pouco participava dessas nossas aventuras.
    A vida era muito difícil, Morais relata no seu comentário o que sobrava das atividades agrícolas para nós, a cata do arroz, mas além da cata do arroz tinha a cabeça de couro por ocasião do sacudimento e também a cata do algodão. Fonte de economia para comprar as bombas, traque e chuvinhas para as comemorações alusivas os festejos de São João e São Pedro.
    Aproveito a oportunidade para parabenizar o nobre colega Antonio Gonçalo pela belíssima postagem, e ao mesmo tempo dizer que não somos apenas colegas, somos verdadeiros irmãos. Um grande abraço e que Deus abençoe o seu lar, extensivo a todos os seus familiares.

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  4. "Portanto, precisam ser incentivadas com políticas e gerenciamento voltados para preservação e sustentabilidade."

    A última frase do excelente texto de Antonio Gonçalo de Sousa - transportada acima - resume, conclusivamente, o maior problema que os agricultores (principalmente aqueles de "subsistência") vêm passando não somente em Várzea Alegre, mas em grande parte do País.
    Faz-se necessário mais incentivos por parte dos governantes, pois, do contrário, corremos o risco, no nosso caso, de perdermos de uma vez por todas a tradição do cultivo do arroz em Várzea Alegre. Aí, vão-se todas as tradições, o título de "A terra do arroz". E perder a cultura é o primeiro grande passo para se perder a identidade.

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  5. Meus Amados conterrâneos: pensem num coração de uma mulher apaixonada, batendo tão forte, com as lágrimas rolando pelo o rosto lhe impedindo de vê o que escreve; raciocínio que é bom, não funciona. Respirai fundo, mais as únicas palavras que vem a minha mente é de agradecimento, primeiro a DEUS, pelo o amor que sinto por essa terra; e segundo concordar que a saudade tambem me traz a certeza que um dia eu voltarei, pois a minha Fé é inabalável. Por último gostaria de agradecer ao conterrâneo ANTONIO GONSALO DE SOUSA, MAGNOLIA, ANTONIO MORAIS; e a todos os outros que mantem este Blog.


    Deixo aqui registrado: meu amor e minha paixão pela minha terrinha querida. VÁRZEA-ALEGRE! EU TE AMO.

    Maria de Fátima Bezerra Cordeiro, ( Fatima Gibão).

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  6. Ainda me lembro da colheita do arroz prata, agulha e lagiado, feito à mão, com pequenas facas, as quicés. Comecei cedo na roça, Primeiro sameando e cobrindo as covas feitas por meu pai, meus irmãos e alguns trabalhadores. Depois fui promovido a "abridor de saco", onde se despejavam as "moquecas" de arroz, e depois a "segurador de jegue". Subi de cargo novamente e passei a "piloto de Batelão". Todo sanharoense de cima conhecia Batelão. Jegão branco, capado, bom de carga. Com o tempo, a modernidade chega a cidade e passei a comandar o plantio de arroz com maquina, depois de ver aradada a terra. A modernidade extinguiu tambem o cultivo do arroz "prata e agulha", a colheita, com quicés, a profissão de batedor de arroz e aumentou o peso no lombo do jegue, uma vez que, agora, o arroz era cortado pelo pé e batido na roça mesmo, sendo transportado o arroz sem a palha.

    Quanta saudade.

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  7. Caros colegas do blog.
    Quando eu deixo de comentar algumas postagens. não é por omissão e nem descaso.
    Em alguns dos casos, eu não comento em virtude da minha inteligência não alcançar o valor literário daquela matéria.
    Mas quando se trata de uma postagem como essa, eu comento com o conhecimento de causa das coisas do nosso sertão.
    Me desculpe o colega que me cobrou
    Comentários nas suas boas postagens e parabéns ao Antônio Gonçalo pela matéria.
    Abraços a todos.

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  8. Últimamente não tinha lido um texto tão bem escrito como esse,rapaz você vai lendo e saboreando as letras.O Antonio Gonçalo, é um bom conhecedor dos problemas da nossa micro região,no caso de V.Algre,como as causas da transição "ouro-branco" o arroz e agora a pecuária.Parabens,Antonio,visite sempre o nosso blog,expondo os seus conhecimentos,assistimos uma boa aula na área da agricultura-pecuária.Parabens messmo.........

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  9. Antonio Gonçalo.Após ler atentamente sua cronica vi que quando se conhece o assunto sabemos descreve-lo com riqueza de detalhes.Tudo o que falaste sobre o cultivo do arroz é verdadeiro,inclusive o plantio do mesmo estar diminuindo bastante,não sei se falta incentivo do governo,faltam chuvas ou falta coragem dessa geração nova.Em Farias Brito minha terra eu vi adjuntos com mais de 100 pessoas,era uma festa,hoje nem sei se ainda fazem esse tipo de ajuda coletiva.Parabéns .

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  10. Morais,

    tristeza maior foi a minha.Eu postei uma matéria sobre o "Cego Oliveira"e sua rabeca, dedicado aos poetas do blog,ninguem se pronunciou a respeito do estilo desse poeta.Quanta decepção.Ninguem venha com desculpa que não acessou o blog.Estamos viciados no blogsanharol.Logo após o café da manhã é a primeira coisa que fazemos.Na próxima vez eu vou dedicar a KUIU,Zé de Lula e a SUISSA,pode ser que os seus comentários eu possa rir muito e entrar em outro plano da metafísica,no caso com o filósofo,SUISSA,que agora pouco passou aqui correndo dizendo que iria assistir ao SHOW de Roberto Carlos em sua casa,o mesmo iria cantar debaixo da mesa.Aí,eu pensei,o REI é tão exigente,esse desconforto todo.Mas na cabeça de SUISSA tudo é possivel,até comentar uma obra literária.

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  11. Atenção Dr. Rolim: Referindo-me a outros comentários que foram ignorados estou propenso a não mais comentar, pois sei que não são falhas minhas... alguem os bloqueia, como? não sei. Mas descobri que os comentários que passam imediatamente são aqueles que dizem: Ótimo!; Que maravilha! você foi o máximo! Você foi demais, aguardo o próximo. Ess pessoal que faz o blog é demais! Voto? vote em quem quizer mas siga as minhas dicas! Esse pessoal do sanharol é o máximo!, o restonão existe! e outras e outras, se estiver curioso é só perguntar.kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk quero só ver se esse vai passar.

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  12. Assiscosta,

    toda opinião pra mim é válida,você está apresentando um problema que vem ocorrendo no blog,se isso vem existindo,eu creio que temos que sermos mais flexiveis,e com um bom diálogo tudo será resolvido.Um amigo já me chamou a atenção que quando uma matéria não é de muito agrado a página rola depressa.Aqui no blog não vejo ninguem superior a ninguem.Todos são iguais,porem uns com habilidade mais do que o outro em determinado assunto,contanto, espero que o amigo não deixe o blog,você é importante tambem nessa comunidade,voce soma com os seus comentários publicáveis e não publicáveis.Olha, V.Alegre é a terra do contraste,eu dediquei uma poesia aos seus poetas e nenhum fez um simples comentário.Agora,se fosse falar de bolsa de valores e mercado de capitais, ainda hoje tava chegando comentários.Abraços

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  13. Atenção!Assiscosta,

    eu postei uma matéria no blog do sanharol e só teve dois comentários,porem, eu fui parado no meio da rua e uma autoridade da nossa cidade me parabenizou pela matéria,que gostou muito, e que a verdade teria que ser dita,veja,alguma coisa chamou a atenção essa pessoa.

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  14. Prezados amigos.

    O Blog do Sanharol é democratico. Tanto é que é aberto a todos os amigos. Todo comentarista pode comentar e expor sua opinião. Não existe peneira para publicar esse ou aquele.

    Quando o comentarista publica com acerto aparece de imediato o comentario. Como administrador nunca excluir nenhum comentario. Sempre respeitei a opinião do outro. Esse é um direito sagrado da democracio.

    O Google todo dia muda os procedimentos, tem se tornado dificil pra quem não tem muito conhecimento. Mas todos estão devidamente autorizados automaticamente.

    Essa materia é uma daquelas que é consenso. Nas materias politicas tem acontecidos alguns arranca rabo, mas as opiniões de todos estão colocadas: consenso e dissenso.Portanto sua opinião aqui vale.
    Não existe essa historia de excluir. O leitor pode não conseguir publicar o que uma coisa bem diferente, que não depende do Blog.

    Abraços.

    Antonio Morais.

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  15. Dr. Rolim.

    Como administrador do Blog eu costumo deixar um comentário em cada postagem. As vezes sem conhecimento do tema. Mas deixo um cumprimento.

    Mas, eu postei 90 mensagens do Padre Juca, cada qual a mais bonita e, em 70 delas ninguem fez um comentário. Isso não quer dizer que não tenha sido lida e admirada.

    Abraços.

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  16. O que o Rolim e o Assis estão falando, eu juro que não tenho conhecimento, se acontece deve ter algum tipo de problema, mas eu nunca ví falar que o blog rejeite algum comentário.
    Quanto a mim, é como eu já dise,
    eu passo de dias sem postar e nem comentar por conta de problemas no equipamento, em outras vezes eu até tenho vontade, mas acho que a postagem é tão boa, que naão cabe o meu obscuro e insignificante comentário.
    Abraços.
    Mundim

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  17. PREZADOS,

    Gostaria de registrar que, apesar das asneiras que escrevo de vez em quando, NUNCA FUI EXCLUÍDO OU CENSURADO aqui no blog. Talvez que pelo fato de ser um ANDRÉ DO SANHAROL o Moraes tenha ficado com vergonha e não tenha me boicotado, ou, talvez, o BLOG SEJA DE FATO UM ESPAÇO DEMOCRÁTICO, bastando o sujeito fazer a postagem de forma correta. É fato, porém que os administradores do blog respondem solidariamente pelo que é publicado neste espaço. Se algum comentário feito neste espaço ferir a honra ou causar danos a imagem de alguém e se não for possível identificar perfeitamente o autor, serão os articulistas do blog responsabilizados perante a justiça.

    inté

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  18. Antonio Gonçalo de Sousa - Disse:

    Meus Caros,

    Quero agradecer aos administradores do Blog pela postagem do meu texto e também aos leitores pelos comentários elogiosos que foram registrados, especialmente ao João Bitu (amigo irmão do Sanharol, da Ecola Agrícola de Crato, da EMATERCE e das lides e técnicas agropecuárias).

    Minhas homenagems ainda a todos agropecuaristas e conterrâneos de Várzea Alegre,

    Um abraço e que tenham muita paz, sáude e felicidade.

    Antonio GONÇALO de Souza

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  19. Há Várzea Alegre, de minha infância querida, vevida de 0 a 8 anos no sanhoral (sítio canto), e dos 8 aos 15 na Praça Santo Antônio (Rua das pedrinhas)!
    Naquela época, final da década de 1970 e o ano de 1987, os quais lembro muito bem, tenho saudades das cheias do riacho do Machado e da colheita do arroz!
    Meu Pai - Luiz Alves Bezerra (im memoriam), trabalhou muitos anos nas plantações de arroz de "minininho Bitu"!
    Nas enchentes do Machado,como as de 1984 e 1985 (as maiores da minha epoca),a turma tomava banho nas águas!
    NA colheita do arroz,lembro da fartura, culminando com a festa do nosso padroeiro: São Raimundo Nonato, no mês de agosto.
    Ao visitar minha terra hoje, sinto falta daqueles arrozais a perder de vista - às pessoas substituíram-na pela criação bovina e outros animais, Vejo isso com tristeza, é como se nossa cidade estivesse perdendo sua principal característica, de "terra do arroz"
    Acho que deveria haver um apoio maior das autoridades governamentais ao pequeno produtor para que a cultura do plantio da leguminos não desaparecesse.
    Em fevereiro de 2017, estive em Santa Catarina e pude visualizar alguns arrozais semelhantes aos nossos da década de 1980.
    Não esqueço também da época da manga e caju ( outubro a dezembro), época de fartura, às mangas do sítio do meu falecido pai ( seu Paraíba) ê umas das melhores da região - tempos felizes aqueles da minha infância!
    Atualmente sou tenente do Corpo de bombeiros Militar do Ceará e resido em Horizonte-ce

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