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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 8 de maio de 2012

FAÇA O BEM SEM OLHAR A QUEM - Por Vicente Almeida


Certa manhã, uma mulher bem-vestida parou em frente de um homem sem-teto, que olhou para cima lentamente ... e reparou que a mulher parecia acostumada com as coisas boas da vida.
O casaco era novo. Parecia que ela nunca tinha perdido uma refeição em sua vida. Seu primeiro pensamento foi: Só quer tirar sarro de mim, como tantos outros fizeram.... E resmungou:

"Por favor, Deixe-me sozinho!” 

Para sua surpresa, a mulher continuou de pé.
Ela estava sorrindo, seus dentes brancos exibidos em linhas deslumbrantes.

"Você está com fome?", perguntou ela.
"Não Imagina...!, respondeu sarcasticamente. 
Agora vá embora." 

O sorriso da mulher se tornou ainda mais amplo.

De repente, o homem sentiu uma mão suave passando por debaixo do seu braço.
"O que está fazendo, senhora?" Perguntou o homem irritado.
"Eu Disse para deixar-me sozinho!"

Neste momento um policial chegou,e perguntou:
"Existe algum problema, senhora?"

"Não tem problema nenhum aqui, Sr. Policial”, a mulher disse...

"Eu só estou tentando ajudá-lo a ficar de pé. Pode me ajudar?” O policial coçou a cabeça.

"Sim, o velho João é mesmo um estorvo por aqui há anos, o que você quer com ele?" Perguntou o policial...

"Vê o restaurante ali?", disse ela. "Eu vou dar-lhe algo para comer e tirá-lo do frio por um tempo."

"Senhora, está louca? O homem sem-teto resistiu. Eu não quero ir para lá!”
Então sentiu mãos fortes segurando os braços e levantá-lo.

"Deixe-me ir, eu não fiz nada oficial..."

"Não vê, que esta é uma boa oportunidade para você", o oficial sussurrou em seu ouvido.

Finalmente, e com alguma dificuldade, a mulher e o oficial levam João para o restaurante e o sentam em uma mesa num canto afastado.

Era quase duas horas, a maioria das pessoas já tinha almoçado e para jantar o grupo ainda não tinha chegado...

O gerente do restaurante veio a eles e perguntou: "O que está acontecendo aqui oficial? — O que é isso?


— Este homem está em apuros", o oficial respondeu:

"Esta senhora trouxe-o aqui para comer alguma coisa".

"Oh não, aqui no meu restaurante não!" o gerente respondeu com raiva.

"Ter um maltrapilho como este aqui é ruim para meus negócios!”

O velho João sorriu temeroso mostrando os poucos dentes.

"Senhora, eu lhe disse. Agora, você vai me deixar ir embora?. Eu não queria vir aqui desde o início."

A mulher foi até o gerente do restaurante sorriu e falou ...

"O senhor está familiarizado com Harris & Amp Associates, a empresa que fica a duas ruas daqui?

"Claro que sim", respondeu o gerente já impaciente. "Eles fazem as suas reuniões semanais aqui e jantam no meu restaurante".

"E você ganha um monte de dinheiro fornecendo alimentos para essas reuniões semanais certo?" Perguntou a Senhora.

"Sim, e o que isso importa para você?”.
— Perguntou o gerente impaciente.

“Eu, senhor gerente, sou Penelope Hernandez, Presidente e Proprietária daquela empresa."
— disse ela ainda sorrindo.

"Oh meu Deus, me desculpe Sra!” — disse o gerente sem graça...

A mulher sorriu de novo...

"Eu pensei que isso poderia fazer a diferença no seu tratamento. Disse ela ao policial, que se esforçou para conter uma risada.

"Gostaria de fazer-nos companhia numa refeição, Sr. policial?"

"Não, obrigado senhora, obrigado", respondeu ele. Estou de plantão.

"Então, talvez, aceita uma xícara de café antes de ir?" — disse ela.
"Sim, senhora. Isso seria melhor." — respondeu o policial.

O gerente do restaurante virou nos calcanhares como se recebesse uma ordem. "Já vou trazer o café para o policial, Senhora".

O policial observou-a de pé. E falou:
"Certamente colocou-o no seu no lugar", disse ele.

"Esta não foi minha intenção", disse a Sra. 
Acredite ou não, eu tenho uma boa razão para tudo isso".

Ela se sentou à mesa em frente ao seu convidado para jantar olhou para ele...
"Então João, você não se lembra de mim?"

O velho João olhou para o rosto dela, com seus olhos remelentos, "Eu acho que sim - quero dizer, acho que me é familiar."

"Olha João, talvez eu seja um pouco maior, mas olha-me bem", disse a Sra...

"Talvez eu esteja mais gordinha agora... Mas quando vc trabalhava aqui, há muitos anos atrás eu vim aqui uma vez, e por esta mesma porta entrei morrendo de fome e frio".
— Algumas lágrimas caíram-lhe por suas lindas bochechas...

"Senhora?" disse o policial, ele não podia acreditar no que estava presenciando, mesmo pensando como uma mulher como a senhora poderia ter passado fome?

Ela disse, Ouça a minha história:

Tinha acabado de me formar na faculdade em minha cidade natal, e vim para a cidade grande à procura de um emprego, mas não consegui encontrar nada...

Com a voz quebrantada a mulher continuou:
- Quando eu tinha meus últimos centavos e entreguei meu apartamento andava pelas ruas, sem ter o que comer e onde morar, era janeiro, e estava muito frio e estava quase morrendo de fome, quando vi este lugar e entrei, pensando numa pequena chance para conseguir algo para comer”.

Com lágrimas nos olhos, a mulher continuou falando: O João trabalhava aqui e me recebeu com um grande sorriso.

Agora eu me lembro, disse João. Eu estava atrás do balcão de serviço. Ela se aproximou e perguntou se poderia trabalhar para comer alguma coisa.

Você me disse que isso era contra a política da empresa. - A mulher continuou:

Então, João, você me fez o maior e mais gostoso sanduíche de rosbife que já vi na vida... Deu-me também uma xícara de café, e eu fui para um canto para apreciar a minha refeição. Eu estava com medo que você se metesse em encrencas. Então eu olhei e vi você colocar o valor referente ao meu lanche no caixa. Então eu sabia que tudo ficaria bem.

E aí você começou seu próprio negócio? Perguntou o velho João.

Sim encontrei um trabalho naquela mesma tarde. Eu trabalhei muito, e progredi com a ajuda do meu Deus Pai.

Tempos depois, comecei meu próprio negócio, e com a ajuda de Deus, ele prosperou... Ela abriu sua bolsa e tirou um cartão dizendo:

"Quando terminar aqui, quero que você faça uma visita ao Sr. Martinez. Ele é o diretor de pessoal da minha empresa e vai encontrar algo para você fazer nela.

Ela sorriu. "Eu poderia até adiantar-lhe algo, o suficiente para que você possa comprar algumas roupas e arrumar um lugar para viver até se recuperar. Se você precisar de alguma coisa, minha porta estará sempre aberta para você João".

Havia lágrimas de intensa gratidão nos olhos do idoso. "Como eu posso agradecer-lhe”,  perguntou!.

"Não me agradeça" ela respondeu. "Deus da-lhe glória. Ele me trouxe a você".

Fora do restaurante, o policial e a mulher pararam e antes de ir embora ela disse:
"Obrigado por toda sua ajuda!” . Em vez disso, o oficial disse: "Obrigado digo eu, que hoje vi um milagre, algo que eu nunca vou esquecer. E... Obrigado pelo café"...

Que Deus te abençoe sempre e não esqueça que quando jogamos pão sobre as águas, nunca saberemos quando ele nos será devolvido...

Deus é tão grande que pode cobrir o mundo com amor e tão pequeno que pode entrar em cada coração.

Quando Deus te levar à beira do precipício, confie N'ele completamente e deixe-se levar. Apenas uma outra coisa vai acontecer, ou Ele ampara você ao cair, ou vai te ensinar a voar!


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Deus não tarda nem chega cedo demais, tem visto suas lutas, e uma bênção poderá estar chegando à sua vida.

Recebi hoje de Samuel Macedo Lobo, por e-mail

08/05/2012

6 comentários:

  1. Vicente, por coincidência esse provérbio foi escrito no santinho da minha campanha para vereador.Não tinha consultório médico, atendia as crianças em casa e em qualquer lugar que me procurassem.Fui eleito pelo reconhecimento das mães pelo o gesto humano que eu praticara na época.Ainda hoje sou relembrado pelas mamães.

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  2. Compadre Vicente."O melhor negócio é trabalhar com todos os necessitados do caminho por sócios ativos em nossos divertimentos, por menores que sejam." Augusto.

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  3. ... Aí eu disse:

    Rolim e Assis Costa:

    É impossível descrever a importância de se fazer o bem sem segunda intenção. Nunca iremos saber como o bem se multiplica e retorna em nosso favor.

    Danubio, Magnólia e Compadre Lisboa:

    De vez em quando temos exemplos reais de fatos como o que aqui foi narrado.

    Sempre que desprendidamente realizamos algo em benefício de alguém sentimos uma grande paz interior.

    Neste conto o balconista João serviu apenas um lanche a uma pessoa faminta. Tempos depois se viu na rua da amargura e foi socorrido pela própria, mas poderia muito bem ter sido por outra pessoa. O fato é que de uma forma ou de outra a recompensa viria. Deus nunca tarda nem chega cedo demais!

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  4. Compadre.

    Chegando atrasado mas a tempo de lhe cumprimentar pela postagem.

    Parabens.

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