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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 13 de janeiro de 2013

Nos tempos do São Raimundo - Por Antonio Morais

1967, quanto tempo, hem!. Ginásio São Raimundo da rua Getúlio Vargas.  Mês de Outubro, dia de prova de matemática. Professor Dr. Lemos.  Diferentemente, de hoje, naqueles tempos idos, o aluno  tinha que ser aprovado. Não existia a benevolência de hoje em dia.

Prova objetiva que facilitava , em muito, a solução. Podia-se eliminar por dedução ou exclusão.  Eu já estava aprovado por media como se dizia a época. 

Em 15 minutos  acabara a prova. Podia ter ido embora. Mas, não fui. Preferir  ficar  na sala e dar um adjetorio aos colegas que se sentavam vizinhos. O professor andava de um lado para o outra da sala como quem nada via. E, eu passava pra um, depois pra outro a resposta de cada questão.

Quando recebemos as provas, os colegas  todos tiraram 10 e eu 4.  Pedir a prova de Dr. Bosco Teixeira, um dos adjetorados e  comparei questão por questão, tudo igual. A prova dele  10 a minha 4. Resolvi contestar o professor:  Dr. Lemos,  não estou entendendo,  estou com duas provas com as respostas idênticas, uma com 10 a outra com 4. Ele com aquela calma que lhe era peculiar disse: Ponha a mão na conciência! Dr. Bosco  ficou zuando da minha cara. Ainda hoje quando nos encontramos ele diz: rapaz, ponha a mão na conciência!

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