Não é preciso conhecer as entranhas do jogo político para saber que CPIs não interessam a governo algum. Uma para investigar a Petrobras, então, cheira a pólvora para o Palácio do Planalto.
Eunício Oliveira sabe bem disso, mas não está preocupado: vai posicionar-se a favor da abertura da investigação, na sessão da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, hoje de manhã.
Ao encaminhar sua posição, como líder do PMDB, Eunício espera que a bancada o acompanhe. Seus correligionários podem se rebelar e resolver mostrar serviço e fidelidade ao governo.
Sim, mas como trata-se de um pronunciamento partidário, a tendência é os demais peemedebistas seguirem o líder, votando pela instalação da CPI. Nesse caso, sem o apoio do PMDB, dificilmente o PT conseguirá sepultar a investigação.
Não faltará petista vinculando a decisão de Eunício com o imbróglio envolvendo o cenário eleitoral do Ceará, onde Dilma Rousseff e o PT ainda não deixaram claro se apoiarão o candidato de Cid Gomes ou o próprio Eunício, caso eles não se acertem e ocupem o mesmo palanque.
Eunício, claro, diz que não se trata de chantagem, mas já está avisando: se depender dele, uma comissão parlamentar será criada para revirar a Petrobras do avesso.
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