O governo enfrenta, nos últimos dias, uma crise no relacionamento com os fatos econômicos. A primeira grande rusga ocorreu em torno de uma análise feita no Santander para clientes preferenciais.
O banco entrou na mira da artilharia oficial e da campanha à reeleição da presidente, por citar algo já conhecido: a bolsa tem subido quando saem pesquisas negativas para o projeto da reeleição, e vice-versa.
Essas oscilações relacionadas a sondagens eleitorais são interpretadas como reação de investidores em ações de empresas estatais que pagam alto preço devido ao intervencionismo característico da administração Dilma.
A Petrobras é o exemplo mais evidente, forçada a acumular perdas majestosas por subsidiar o preço interno de combustíveis, e com isso adiar pressões sobre a inflação. O investidor em ações faz uma dedução lógica: se Dilma não se reeleger, a empresa deixará de perder dinheiro, e ele, acionista, receberá mais dividendos.
Logo em seguida, na terça, veio o desgosto, expresso pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, com o Fundo Monetário Internacional. Agora, devido a um relatório em que se alinham pontos críticos da economia brasileira.
Também aqui, nada de novo. São questões que há tempos estão no mapeamento dos problemas brasileiros feito por analistas independentes.
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