Não podia ter chegado em pior momento para a presidente Dilma a bomba sobre o esquema de corrupção de políticos montado na Petrobras durante 8 anos em governos petistas. A presidente esboçava uma reação para resistir à investida de Marina, e agora está novamente travada pelos fatos.
Marina tem no episódio a prova material de que a “velha política” transformou o Congresso em um balcão de negócios, mas a confirmação de suas denúncias veio junto com a inclusão do ex-governador Eduardo Campos na lista dos beneficiários das negociações do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa.
Esse é um empecilho e tanto para a exploração do caso, mesmo que esteja implícito que a candidata não tem nada a ver com os fatos acontecidos antes de ela, por constrangimentos políticos que lhe foram impostos, aderir ao PSB, inclusive o jato que veio junto, ao que tudo indica, nesse mesmo pacote.
Se fosse a candidata da Rede Sustentabilidade, Marina estaria hoje livre, leve e solta para empunhar a bandeira da nova política em contraponto às nebulosas transações que seus adversários comandam nos bastidores políticos de Brasília. Mas terá que pisar em ovos para usar a artilharia pesada que lhe caiu no colo sem que o fogo amigo a atinja.
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