Os áulicos da presidente Dilma Rousseff cochicham para jornalistas que a situação dela ficará agora melhor com o pedido do Procurador-Geral da República para que Renan Calheiros, presidente do Senado, e Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, sejam processados pelo Supremo Tribunal Federal por envolvimento com a roubalheira da Petrobras.
Base do raciocínio dos áulicos: Renan e Eduardo escolheram se tornar adversários da presidente da República.
Passarão os próximos meses às voltas com advogados encarregados de defendê-los e jornalistas à caça de provas contra eles.
Não terão tempo nem condições de criar sérias dificuldades para o governo. Estarão mais vulneráveis, por certo.
Raciocínio torto, a meu ver. Que subestima a inteligência de Renan e de Eduardo.
Os dois já providenciaram o discurso altamente palatável de que seus nomes foram incluídos na lista do Procurador-Geral da República por empenho do governo.
Não é verdade, imagino. Mas não importa. Se não é provável, talvez fosse possível. E como a versão vale mais do que o fato em determinadas circunstâncias...
O discurso inicial de defesa de Renan e de Eduardo os obrigará daqui para frente a se distanciarem ainda mais do governo. Até por coerência.
O distanciamento resultará em novos gestos da parte deles que desagradarão ao governo.
Com a popularidade ao rés do chão, Dilma terá mais a perder do que seus novos desafetos. Elementar, meus caros.
Há um ditado muito velho de diz. O que não presta acaba por si. Enquanto esses delinquentes estavam juntos se defendia direitinho. A coberta ficou curta, não dar para cobrir a todos. Agora é salve-se quem puder. Uns vão destruindo os outros.
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