As histórias de Maria, em Várzea-Alegre e Benigna em Santana do Cariri são muito semelhantes, em pouco diferem uma da outra. Ambas foram vitimas da crueldade, do egoismo e da covardia de homens inconformados com a rejeição.
As duas foram assassinadas com requintes de muita perversidade. Maria em 11 de Março de 1926 e Benigna em 24 de Outubro de 1941, quinze anos mais tarde.
Em Várzea-Alegre, os padres tiveram outras prioridades, não disseminaram a história de Maria com base nos preceitos da espiritualidade cristã. Outros segmentos se tornaram mais importantes, o politico por exemplo. O fato é que a própria igreja não sabe informar onde estão sepultados os restos mortais de Maria.
Diferentemente em Santana do Cariri, a historia da mártir mereceu da igreja a atenção devida, e, hoje em dia, toda população local e regional conhece sua história. A fase romana do processo de beatificação da menina Benigna Cardoso da Silva já foi iniciada, em Roma.
Foto Dom Fernando, monsenhor João Bosco Cartaxo, padre José Vicente, membros da Diocese de Crato e o representante do Vaticano.
Santana do Cariri, em breve terar uma Santa filha da terra. Em várzea-Alegre devemos esperar um pouco mais, apesar do fato ser 15 anos mais antigo. Vamos aguardar um politico vivo ou morto virar santo.
Na vida o que for semeado terá o seu retorno na colheita.
ResponderExcluirCaro Morais:
ResponderExcluirUma das mais importantes realizações de Dom Fernando Panico (e foram dezenas), quando ele era Bispo Diocesano de Crato (hoje ele é “bispo-emérito” e reside em João Pessoa–PB) foi a abertura do processo para a beatificação/canonização da menina Benigna, Mártir da Castidade.
Um dia o povo de Crato verá como Dom Fernando conquistou grandes vitórias para nossa diocese, como foi o caso de outra: a reabilitação do Padre Cícero pelo Vaticano.
No caso específico do processo de Benigna, o processo corre rápido para os padrões do Vaticano. Quiçá tenhamos novidades em 2018.
Benigna Cardoso da Silva, nascida no Sítio Oiti, em Santana do Cariri-CE, no dia 15 de outubro de 1928, ficou órfã de pai e mãe muito cedo, sendo adotada juntamente com seus irmãos mais velhos pela família “Sisnando Leite”, proprietária do Oiti dos Cirineus, à época localizado no distrito de Inhumas, hoje integrante da área urbana de Santana do Cariri (uma avenida, denominada Av. Mons. Vitaliano Mattioli, separa hoje o centro da cidade de Inhumas).
ResponderExcluirEra uma jovem muito simples e cheia de humildade. De estatura média, Benigna era magra, de cabelos e olhos castanhos meio ondulados, morena clara, rosto arredondado e queixo afinado.
Modesta por natureza, tímida, reservada e meditativa, não usava vestidos sem mangas, curtos nem com decotes. Sua generosidade, carisma e simpatia a fazia querida e cativada por familiares, amigos e conhecidos, tornando-se um modelo de juventude para época.
Extremamente religiosa e temente a Deus, Benigna nutria um grande desejo de fazer a Primeira Eucaristia, e depois desse sonho realizado, seguia à risca os mandamentos divinos. Não perdia as missas e fazia penitência nas primeiras sextas-feiras em devoção ao Sagrado Coração de Jesus. Sobre Benigna o Padre Cristiano deixou escrito, na época, ao lado do seu batistério: ”Morreu martirizada, às 4 horas da tarde, no dia 24 de outubro de 1941, no sitio Oiti. Heroína da Castidade, que sua santa alma converta a freguesia e sirva de proteção às crianças e às famílias da Paróquia. São os votos que faço à nossa santinha.”