O país está no caminho da pior recessão da nossa história. O resultado oficial do PIB do ano passado ainda não saiu, mas há projeções de queda de 3,9%. No biênio 2015-2016, a economia deve encolher algo entre 7,7% e 8%. Confirmadas as expectativas, será uma recessão como nunca se viu.
Na última vez que a economia encolheu por dois anos seguidos, em 1930-1931, a retração foi menos pior (-2,1% seguida de -3,3%). A situação é grave. E o que tem proposto o ministro da Fazenda é que as contas do governo continuem com déficit.
Em uma crise como essa na economia é preciso que haja acordo entre os poderes para saber como enfrentá-la. Governo e Congresso estão em desacordo, brigando por tudo. Nesta quarta-feira, por exemplo, a disputa é em torno da liderança da bancada do PMDB. O Planalto e o presidente da Câmara estão em lados opostos.
No meio dessa recessão, o Congresso tem uma pauta de aumentar gastos. O Planalto, por sua vez, quer elevar impostos. Se os dois conseguirem o que querem, o resultado será que o governo, nesse ambiente recessivo, vai avançar ainda mais sobre o seu, o meu, o nosso bolso.
E a tendência é piorar. Nada está sendo feito no sentido de corrigi. Ao governo só resta uma ação: se manter no puder e nada mais. Incompetência e desonestidade mesmo.
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