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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 31 de maio de 2016

Brasil real, Brasil verdadeiro: A morte de Dom Pedro II (por Armando Lopes Rafael)

Dom Pedro II na velhice
Dom Pedro II,  faleceu no dia  05 de dezembro de 1891, em  Paris, na França, onde vivia exilado desde que o golpe militar de 15 de novembro de 1889 lhe havia arrebatado o trono e o expulsado do Brasil, juntamente com toda a sua família.
Na hora da sua morte o  relógio marcava  00:35 horas, de uma madrugada fria. O quarto do imperador, no Hotel Bedford, era bem modesto,  pois o antigo Imperador do Brasil vivia quase como um pobre, após ter servido o Brasil por 58 anos, dos quais 10 através na Regência e 48 como um honrado e digno Chefe de Estado.
Este  homem que ainda hoje é considerado “O Maior dos Brasileiros” morreu acometido de grave doença pulmonar.  Dom Pedro II morreu ainda jovem para os padrões atuais. Contava com 66 anos, mas sua aparência era de um homem  muito mais velho. Suas responsabilidades, as preocupações, a vida pública o haviam transformado num homem de aparência muito mais velha do que era realmente.

Em um suspiro final Pedro II disse a todos:
“Deus que me conceda esses últimos desejos –
paz e prosperidade para o Brasil…”

Antes de morrer, Dom Pedro II escrevera um soneto com o título de “Terra do Brasil”. Confira abaixo o poema:

Espavorida agita-se a criança,
De noturnos fantasmas com receio,
Mas se abrigo lhe dá materno seio,
Fecha os doridos olhos e descansa.

Perdida é para mim toda a esperança
De volver ao Brasil; de lá me veio
Um pugilo de terra; e neste creio
Brando será meu sono e sem tardança...

Qual o infante a dormir em peito amigo,
Tristes sombras varrendo da memória,
ó doce Pátria, sonharei contigo!

E entre visões de paz, de luz, de glória,
Sereno aguardarei no meu jazigo
A justiça de Deus na voz da história!
                          o0o   o0o    o0o
Proféticas palavras! (texto e postagem: Armando Lopes Rafael)

Um comentário:

  1. Cultura, honestidade e honradez nascida no berço. Como sempre digo : os iguais se atraem. Reunia em seu torno personagens com o mesmo talento.

    No contraste com nossos dias ignorância e desonestidade atraídas e reunidas com um único fim - praticar crimes e lesar a pátria.

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