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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 12 de maio de 2016

O fracasso do regime republicano no Brasil: Em 90 anos só 4 presidentes conseguiram terminar o mandato

Fonte: Site TERRA

Completam o quarteto de "invictos" Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) e Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), com dois mandatos, e Eurico Gaspar Dutra (1946-1951) e Juscelino Kubitschek (1956-1961). Os outros 20 presidentes escolhidos nas urnas em quase um século foram depostos por golpes de Estado (João Goulart em 1964), renunciaram (Fernando Collor em 1992 e Jânio Quadros em 1961), se suicidaram (Getúlio Vargas em 1954), eram vice-presidentes que substituíram o líder da chapa ou morreram antes de assumir (Tancredo Neves em 1985).

A lista não inclui os cinco militares que assumiram a presidência durante a ditadura que governou o país entre 1964 e 1985. Em 126 anos de República, instaurada após o golpe de Estado de 1889 que depôs e mandou para o exílio o imperador Pedro II, o Brasil teve 36 presidentes, dos quais só um terço (12) foi eleito democraticamente e completou seu mandato. Neste espaço tivemos dois longos período ditatoriais (Getúlio Vargas, 15 anos e Militar, 20 anos).

Em sua curta história, a democracia brasileira foi desfigurada por 12 estados de sítio (suspensão das garantias constitucionais), 17 atos institucionais (que permitem ao governante da vez violar a Constituição), seis dissoluções forçadas do Congresso e duas renúncias presidenciais. No mesmo período, quatro líderes foram depostos, nove governos assumiram características autoritárias, três decisões parlamentares impediram posses presidenciais e várias rebeliões militares ameaçaram o poder civil.
Após a renúncia de Collor em 1992, os brasileiros tiveram a oportunidade de pronunciar-se em um referendo sobre o sistema de governo e o presidencialismo obteve uma ampla vitória (66%) sobre a monarquia e o parlamentarismo.
Deu no que deu...

2 comentários:

  1. O regime republicano vigente no Brasil, a partir de 1889, sempre foi um fracasso, já que foi marcado por golpes, conspirações, deposições de presidente e dois longos períodos ditatoriais (1930-1945 e 1964–1984). A própria proclamação da República, em 1889, foi, na verdade, um golpe elaborado pelas elites oligárquicas em conjunto com os militares, com a única intenção de manter seus privilégios. O povo não teve participação nem lugar na nova ordem estabelecida. A primeira eleição presidencial só aconteceu em 1894, quando foi eleito Prudente de Moraes. O próprio Marechal Deodoro da Fonseca, não chegou a concluir o seu mandato. Desagradou aos cafeicultores paulistas, tentou fechar o Congresso e terminou renunciando ao mandato em 1891, três anos antes do previsto.
    Durante a República tivemos 9 golpes de estado, 13 ordenamentos constitucionais e 7 Constituições. A atual Constituição foi promulgada há apenas 27 anos. O Congresso, em nome da LIBERDADE, foi FECHADO 6 vezes, inclusive pelo primeiro Presidente, Marechal Deodoro da Fonseca. Ocorreram censuras à imprensa e nos meios de comunicação, inclusive com o fechamento de jornais.
    Desde o o golpe militar que pôs fim ao Império do Brasil a inflação chegou a 64,9 quatrilhões %. E voltou recentemente no governo de Dilma com força total...

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  2. E uma grande verdade. Não podemos negar o fracasso que tem sido esse modelo de governo. O povo que elege não tem recebido de volta o respeito devido dos eleitos.

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